Stéphane Mallarmé

Stéphane Mallarmé

Stéphane Mallarmé, cujo verdadeiro nome era Étienne Mallarmé, foi um poeta e crítico literário francês.

1842-03-18 Paris, França
1898-09-09 Vulaines-sur-Seine, França
79325
4
51


Prémios e Movimentos

Simbolismo

Alguns Poemas

PROSA

Hipérbole! desta memória
Triunfalmente não tens tido
Como erguer-te, hoje obscura história
Em livro de ferro vestido:

Pois instalo, pela ciência,
O hino de almas espirituais
Na obra de minha paciência,
Atlas, herbários e rituais.

Passeávamos nosso semblante
( Éramos dois, posso afirmar)
Nos encantos da cena adiante,
Ó irmã, para os teus reafirmar.

Turva-se a era de autoridade
Quando, sem motivo, se fala
Desse sul que a duplicidade
De nossa inconsciência assinala

Que, chão multíris, seu lugar,
Se existiu o deverão
Saber, não traz nome que ecoar
O ouro da trompa de Verão.

Sim, em uma ilha que o ar
Enche não de visões mas vista
Toda flor se abria invulgar
Sem em conversa ser revista.

Tais, imensas, que oportuna
Cada uma se preparou
Com lúcido entorno, lacuna
Que dos jardins a separou.

Idéias, glória do desejo,
Tudo em mim se exaltou de ver
As irídeas em cortejo
Surgir para o novo dever,

Mas seu olhar, terna e tranqüila,
Não o levou esta irmã
Além do sorriso e, a ouvi-la,
Cuido de meu antigo afã.

Oh! o Espírito de porfia
Saiba, quando estamos silentes,
Que a haste de mil lírios crescia
Por demais para nossas mentes

E não como a margem chora,
Se o jogo monótono mente
E quer a amplitude afora
Neste meu susto viridente

De ouvir todo o céu e a carta
Firmados em meus passos mil
Vezes, pela onda que se aparta,
Que esse país não existiu.

A criança do êxtase abdica
E douta já pelos caminhos
- Anastásio, é o que ela indica,
Criado p'ra eternos pergaminhos,

Antes de um túmulo rir em
Qualquer clima, seu antepassado,
Do nome - Pulquéria! - que tem,
Pelo alto gladíolo ocultado.


BRINDE FÚNEBRE

Ó tu, fatal emblema de nossa alegria!

Saudação à demência e libação sombria,
Não creias que a fé mágica no corredor
Ergo a taça vazia com um monstro de ouro e dor!
Tua aparição não me será suficiente:
Pois em local de porfírio te pus jacente.
Pelo rito, que a tocha seja apagada
Contra o ferro espesso das portas de entrada
Da tumba - sabe-se, eleito à discreta
Celebração pela ausência do poeta,
Que o belo monumento o encerra inteiramente.
É apenas o ofício de glória ardente,
Até a hora das cinzas, a comum e vil,
No vitral em que clara, alta noite caiu,
Que retorna às flamas do puro sol mortal!
Magnífico, inteiro e solitário, tal
Treme o falso orgulho humano em assomos.
A multidão feroz anuncia: Nós somos
A triste opacidade de espectros futuros.
Mas, o brasão dos lutos nos inúteis muros,
O lúcido horror de uma lágrima esqueço
Quando, ao sagrado verso, surdo e avesso,
Um passante, hóspede de mortalha vazia,
Soberbo e cego e mudo eis se convertia
Em um virgem herói de póstuma espera.
Vendaval de palavras que ele não dissera
À densa bruma traz o vórtex desmedido,
O nada para este Homem ontem abolido:
"Lembranças de horizontes, dize, a Terra é o quê?"
Urra o sonho; e, voz cuja luz não se vê,
-"Não sei!" - é o grito com que brincam os espaços.
O Mestre, com um olho agudo, em seus passos,
Apaziguou do éden a surpresa inquieta
Cujo tremor final, em sua só voz, inquieta
Para a Rosa e o Lis o mistério de um nome.
Deste destino nada resta, tudo some?
Esquecei, todos vós, uma crença tão turva.
O esplêndido, eterno gênio, nada o turva.
Eu, a vosso desejo atento, quero ver,
A quem desmaia, ontem, no ideal dever
Pelos jardins deste astro assim a nós imposto,
Sobreviver em honra do desastre posto
Solene agitação de palavras pelo ar,
Ébria púrpura e claro cálice invulgar,
Que o diáfano olhar, chuva e diamante,
Preso a essas flores de viço constante,
Isola entre a hora e o brilho do dia!
É de nossos veros jardins toda a estadia,
Onde o poeta puro tem o gesto largo
De atar o sonho, inimigo do encargo:
Para que na manhã do repouso leal,
Quando, para Gautier, a morte imemorial
É os olhos sagrados fechar, e calar,
Surja, da alameda ornamento ancilar,
Sólida tumba onde jaz o que arrefeça,
E o avaro silêncio e a noite espessa.


New Poetic Visions: Stéphane Mallarmé
The Poetry of Stephane Mallarme
[RARE] Stéphane MALLARMÉ – Film exceptionnel d'Éric Rohmer (1968)
How to Pronounce Stephane Mallarme? (French)
Maurice Ravel - 3 Poèmes de Stéphane Mallarmé
Stéphane Mallarmé
Noam Chomsky: The Strange Bubble of French Intellectuals
Maurice Ravel - Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé par Les Parnassiens
La minute de poésie : Brise marine [Stéphane Mallarmé]
Liberatura - Stéphane Mallarmé "Rzut kośćmi" / "Un coup de dés" (Liberatura)
Le poète Stéphane Mallarmé a-t-il assassiné le langage ? - Les Courbes Graciles
Bertrand Marchal : Mallarmé nous apprend à lire
Tristesse d’été - Stéphane Mallarmé
Stéphane MALLARMÉ – Un coup de dés jamais n’abolira le hasard (Cours video, 2007)
STÉPHANE MALLARMÉ (1842-1898) : Le mendieur d'azur – Une vie, une œuvre [1992]
STÉPHANE MALLARMÉ - POÉSIES (Livre audio)
BRISE MARINE (Stéphane Mallarmé)
Stéphane MALLARMÉ – Enquête sur les Mardis de la Rue de Rome (DOCUMENTAIRE, 1998)
Stephane Mallarmé
STÉPHANE MALLARMÉ
Maurice Ravel. Trois poèmes de Stéphane Mallarmé
Angoisse, Stéphane Mallarmé
Margaret Price: Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé by Debussy
Programa Barco de papel, del 4 de mayo de 2020 / Stéphane Mallarmé
Ravel - 3 Poemes de Stéphane Mallarmé - I Soupir
Live in the Studio: Susan Graham Sings Ravel's Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé
Stéphane Mallarmé - Angustia
César Bandin Ron lee a Stéphane Mallarmé, "Un golpe de dados jamás abolirá el azar".wmv
MALLARMÉ, Stéphane – Apparition.
Stéphane MALLARMÉ – Cher Mallarmé… (DOCUMENTAIRE, 1993)
Maurice Ravel - Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé
Brise Marine, Stéphane Mallarmé
Stéphane mallarmé
Janet Baker: Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé by Ravel
3 Poèmes de Stéphane Mallarmé, M. 64 (Version for Voice & Piano) : No. 1, Soupir
Brise marine - Stéphane Mallarmé
Vida y obra de Stéphane Mallarme
Ravel: 3 Poèmes de Stéphane Mallarmé, M. 64 - 3. Surgi de la croupe et du bond
Trois poemes de Stephane Mallarme: I. Soupir
Debussy - Trois poemes de Mallarmé - II Placet futile
Splendeurs de Mallarmé
Debussy: 3 Poèmes de Stephane Mallarmé, L. 127 - No. 1, Soupir
Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé: I. Soupir
Mallarmé (Stéphane) : SONNET - Le vierge, le vivace et le bel aujourd'hui
Maurice Ravel - Três poemas de Stéphane Mallarmé
3 Poemes De Stephane Mallarme - II. Placet Futile (Maurice Ravel)
Thérèse-College Stephane Mallarmé-MBIC2015
3 Poèmes de Stéphane Mallarmé, M. 64 (Version for Voice & Piano) : No. 3, Surgi de la croupe...
“3 Poèmes de Stéphane Mallarmé”, Maurice Ravel, Soprano Catalina Amenábar
Stéphane mallarmé - mysticis umbraculis
-
oi meu nome é Elda Araújo de Sousa e adorei o site de vocês !
21/novembro/2013

Quem Gosta

Seguidores