Ressaca
Quando já a ressaca deixe minha alma na praia,
e do arco cansado de meu ombro se vai
a asa cortada, qual vela desafiante,
em cicatriz e marca prolongará o instante.
Ficarão vigiando, símbolo trivial,
dois pobres olhos pródigos e uma mendiga fronte
Catacumba de água, amor! No me conheces!
Nem ninguém nos conhece. Só há fugazes toques,
desencontros, na apertada mudez de encruzilhadas.
Expiam sua demora, presenças nunca achadas.
Não são cruz já os braços nem altar para holocausto
de selvagens ternuras. Com seu resplendor exausto,
um sol desalentado afunda os abismos.
Somos pó e luzeiro, tudo em nós mesmos.
Para esta elementar cinza taciturna
seja a imensa lágrima do Mar celeste urna.
e do arco cansado de meu ombro se vai
a asa cortada, qual vela desafiante,
em cicatriz e marca prolongará o instante.
Ficarão vigiando, símbolo trivial,
dois pobres olhos pródigos e uma mendiga fronte
Catacumba de água, amor! No me conheces!
Nem ninguém nos conhece. Só há fugazes toques,
desencontros, na apertada mudez de encruzilhadas.
Expiam sua demora, presenças nunca achadas.
Não são cruz já os braços nem altar para holocausto
de selvagens ternuras. Com seu resplendor exausto,
um sol desalentado afunda os abismos.
Somos pó e luzeiro, tudo em nós mesmos.
Para esta elementar cinza taciturna
seja a imensa lágrima do Mar celeste urna.
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