Era candeia

Era candeia
e parecia ser o lume.
Era candeia.

Nomeio-o
Alma
adequado ao clarão
que traz consigo.

Nem distraído
nem remoto
este Anjo
apenas hesitante
entre o bem e o mal
como se um e outro
ele não fora
e assim desapercebido
ora luz ora sombra
passasse por mim.
Em contrapontos.


In: ARCHANJO, Neide. O poeta e o anjo. Rio de Janeiro, 1994. p.9. Poemas datilografado
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