Marcelo Gama
Marcelo Gama, pseudônimo de Possidônio Cezimbra Machado foi um poeta e jornalista brasileiro. Foi um dos maiores representantes da poesia simbolista no Rio Grande do Sul, movimento forte naquele Estado.
1878-03-03 Mostardas RS
1915-03-07
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Bucólico
Para o Paulino de Azurenha
Zagala, guardadora de esquivanças,
que pascem noutros montes, noutros ares,
guia na direção destes lugares,
o teu rebanho de ovelhinhas mansas.
Brancas ovelhas, minhas esperanças,
— rebanho que a tanger por entre algares,
tenho feito com zelos e pesares,
o mais viçoso destas vizinhanças, —
ao som da agreste avena e dos sincerros,
alcantilados e frolidos serros
galgai, transpondo vales e barrancas,
e à zagala e a seu gado, em sítio estranho,
ajuntai-vos, formando um só rebanho,
ovelhas mansas, ovelhinhas brancas.
Poema integrante da série Sonetos de Amor.
In: GAMA, Marcelo. Via Sacra e outros poemas. Posfácio de Álvaro Moreyra. Rio de Janeiro: Ed. da Sociedade Felippe d'Oliveira, 1944. p.5
Zagala, guardadora de esquivanças,
que pascem noutros montes, noutros ares,
guia na direção destes lugares,
o teu rebanho de ovelhinhas mansas.
Brancas ovelhas, minhas esperanças,
— rebanho que a tanger por entre algares,
tenho feito com zelos e pesares,
o mais viçoso destas vizinhanças, —
ao som da agreste avena e dos sincerros,
alcantilados e frolidos serros
galgai, transpondo vales e barrancas,
e à zagala e a seu gado, em sítio estranho,
ajuntai-vos, formando um só rebanho,
ovelhas mansas, ovelhinhas brancas.
Poema integrante da série Sonetos de Amor.
In: GAMA, Marcelo. Via Sacra e outros poemas. Posfácio de Álvaro Moreyra. Rio de Janeiro: Ed. da Sociedade Felippe d'Oliveira, 1944. p.5
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