Nirvana
Ser como uma árvore na paisagem,
Existir, existir sem sofrimento.
Buscar na placidez o alimento,
Tornar menos pesada a minha imagem.
Estar, mas num estar que é viagem.
Iluminar o sol, esporear o vento,
deixar adormecer o pensamento,
Não haver marcas da minha passagem.
Esboroar-me na terra humilde e fria
Sem o suor negro da melancolia
A orlar-me a testa, a inundar-me os nervos.
Poeta que não sou, vida que não tive
Permiti que o sono que em mim vive
Se torne o mais humilde dos meus servos.
Existir, existir sem sofrimento.
Buscar na placidez o alimento,
Tornar menos pesada a minha imagem.
Estar, mas num estar que é viagem.
Iluminar o sol, esporear o vento,
deixar adormecer o pensamento,
Não haver marcas da minha passagem.
Esboroar-me na terra humilde e fria
Sem o suor negro da melancolia
A orlar-me a testa, a inundar-me os nervos.
Poeta que não sou, vida que não tive
Permiti que o sono que em mim vive
Se torne o mais humilde dos meus servos.
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