José Luís Peixoto
José Luís Peixoto, é um narrador, poeta e dramaturgo português.
1974-09-04 Ponte de Sor, Portugal
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a criança em ruínas I
fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.
eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber
que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.
o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.
o amor é ter medo e querer morrer.
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.
eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber
que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.
o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.
o amor é ter medo e querer morrer.
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Oceanos 2016leprechaun
Hmmm... estranha descrição do amor. Não será antes uma confissão da prisão-apego sentido por alguém que nos é muito querido?
Se essas palavras se referem a um filho, convém recordar o imortal poema de Gibran que é um hino à liberdade consciente... pai e filho são dois seres independentes e livres!
https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3327093
Se essas palavras se referem a um filho, convém recordar o imortal poema de Gibran que é um hino à liberdade consciente... pai e filho são dois seres independentes e livres!
https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3327093
23/outubro/2021
J Luis Melo
Não sei
ou não estou para pensar nisso
mas nada me habilita especialmente
a dizer do mar, do amor,
de sofrer, do brincar da criança
do sentir de um poeta.
O que eu vivi diz
da minha filha a beijar
o rosto do poeta
que teve de se vergar
à estatura dos 6 anitos
da Marta.
Nesse instante não pude
comparar o sorriso dos dois seres,
não pensei em que avesso de quê
acontecia aquela cena,
nem se nos espera uma ou duas
paletes de danos colaterais
ao gostarmos de gente,
nem se o amor está em que margem
da poesia
em sílaba do verso
nem pensei em ter
"medo e querer morrer".
Nada me habilita a dizer
que a morte é a noite
que pare cada dia... cada vida...
Nada me habilita
mas eu acredito e isso
dá-me tanto gozo.
Saravah J. Luis Peixoto
.
J. Luis Melo
um teu “devoto”
ou não estou para pensar nisso
mas nada me habilita especialmente
a dizer do mar, do amor,
de sofrer, do brincar da criança
do sentir de um poeta.
O que eu vivi diz
da minha filha a beijar
o rosto do poeta
que teve de se vergar
à estatura dos 6 anitos
da Marta.
Nesse instante não pude
comparar o sorriso dos dois seres,
não pensei em que avesso de quê
acontecia aquela cena,
nem se nos espera uma ou duas
paletes de danos colaterais
ao gostarmos de gente,
nem se o amor está em que margem
da poesia
em sílaba do verso
nem pensei em ter
"medo e querer morrer".
Nada me habilita a dizer
que a morte é a noite
que pare cada dia... cada vida...
Nada me habilita
mas eu acredito e isso
dá-me tanto gozo.
Saravah J. Luis Peixoto
.
J. Luis Melo
um teu “devoto”
06/setembro/2021