Resposta difícil
Avô e neto, amor nos olhos, vi
Pelas ruas alegres da cidade
Os extremos da vida se tocavam
Coração novo e velho ambos pulsavam
O pulsar doce da felicidade.
Defronte a uma vitrine os dois pararam
E os olhos do garoto namoraram
Um namoro gosto e demorado
Com uma bola vestida der listrado
Que derramava cor na exposição.
E olhos buliçosos, o Netuno
Fitando o olhar baço do velhinho
Voz aflita lhe fez esse pedido:
Compre essa bola, meu avô, pra mim
Olhe pra ela, não é bonitinha ?
Procure aí um dinheiro no seu bolso
Pergunte o preço, depressa, àquele moço
Eu me amarro, vovô, em futebol.
E o velho, que era rico de pobreza
Mas do metal que compra muito pobre
Só tinha de abastança o coração
E a alma, sem tamanho, pura e nobre.
Perdeu, então, a fala de repente
Procurou-a. Inútil seu intento
Só encontrou pra responder ao neto
Um orvalhar de olhos bem discreto
E a fala muda de seu pensamento
Pelas ruas alegres da cidade
Os extremos da vida se tocavam
Coração novo e velho ambos pulsavam
O pulsar doce da felicidade.
Defronte a uma vitrine os dois pararam
E os olhos do garoto namoraram
Um namoro gosto e demorado
Com uma bola vestida der listrado
Que derramava cor na exposição.
E olhos buliçosos, o Netuno
Fitando o olhar baço do velhinho
Voz aflita lhe fez esse pedido:
Compre essa bola, meu avô, pra mim
Olhe pra ela, não é bonitinha ?
Procure aí um dinheiro no seu bolso
Pergunte o preço, depressa, àquele moço
Eu me amarro, vovô, em futebol.
E o velho, que era rico de pobreza
Mas do metal que compra muito pobre
Só tinha de abastança o coração
E a alma, sem tamanho, pura e nobre.
Perdeu, então, a fala de repente
Procurou-a. Inútil seu intento
Só encontrou pra responder ao neto
Um orvalhar de olhos bem discreto
E a fala muda de seu pensamento
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