Daniel Faria
Daniel Augusto da Cunha Faria foi um poeta português.Referências
1971-04-10 Baltar, Paredes
1999-06-09 Porto
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Sabes, leitor
Sabes, leitor,que estamos ambos na mesma página
e aproveito o facto de teres chegado agora
para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
a magnólia cresce na terra que pisas-podes pensar
que te digo alguma coisa não necessária,mas podia ter-te dito acredita,
que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos.Ou melhor,
que a magnólia-e essa é verdade-cresce sempre
apesar de nós.
esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
a flor que se abrir é já um pouco de ti.E a flor que te estendo,
mesmo que a recuses
nunca a poderei conhecer,nem jamais,por muito que a ame,
a colherei
a magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
e eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão.
de Dos Líquidos (2000)
e aproveito o facto de teres chegado agora
para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
a magnólia cresce na terra que pisas-podes pensar
que te digo alguma coisa não necessária,mas podia ter-te dito acredita,
que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos.Ou melhor,
que a magnólia-e essa é verdade-cresce sempre
apesar de nós.
esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
a flor que se abrir é já um pouco de ti.E a flor que te estendo,
mesmo que a recuses
nunca a poderei conhecer,nem jamais,por muito que a ame,
a colherei
a magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
e eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão.
de Dos Líquidos (2000)
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