Proserpina
Quero perder-me em teu abraço forte,
aquecer a alma e o corpo em teu regaço
e encontrar o ígneo sonho que comporte
toda a paixão em que hoje me desfaço.
Hei de seguir-te, qual fiel consorte,
por todos os caminhos, passo a passo;
quero, custe-me embora dor e morte,
viver com fúria o nosso amor devasso.
Serei dos teus demônios mais um réu
e entre tormentos te amarei, contente,
que, onde estiveres, aí terei meu céu.
Felicidade, então, será o inferno!,
pois em teu ventre encontro a sarça ardente
onde me queimarei num gozo eterno!
aquecer a alma e o corpo em teu regaço
e encontrar o ígneo sonho que comporte
toda a paixão em que hoje me desfaço.
Hei de seguir-te, qual fiel consorte,
por todos os caminhos, passo a passo;
quero, custe-me embora dor e morte,
viver com fúria o nosso amor devasso.
Serei dos teus demônios mais um réu
e entre tormentos te amarei, contente,
que, onde estiveres, aí terei meu céu.
Felicidade, então, será o inferno!,
pois em teu ventre encontro a sarça ardente
onde me queimarei num gozo eterno!
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