Amândio César

Amândio César

Arcos de Valdevez
1987 Lisboa
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Flor

Eu te sei pura, casta e meiga!

Eu te sei toda feita de pureza,
Branca como o leite fresco
Que se põe na mesa.

Eu te sei toda feita de castidade,
Num vago receio, perfume de alecrim,
Que se percebe quando não há claridade.

Eu te sei, terna e meiga,
Como as flores silvestres, naturais,
Que nascem nas margens duma veiga.

Eu te sei — isso tudo — para mim! ...

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