sob uma araucária kircheriana eis que sansão
sob uma araucária kircheriana eis que sansão
o da juba em madeixas e dalilás a violetíssima
restauram sua paixão semi-afogada em estuquoceano
fosfóreas crepitam as gramíneas no matagal em redor
e canários portam nos bicos campanuláceos
a aproveitar a ocasião para exibirem emblemas
mesmo davi o da estrela e golias o arquiquelôneo
trazem hoje equilibradas oferendas de pazes
como cacetetes de látex estilingues de origami
figas generosas e revólveres de amianto
(meu caro amigo isto significa cuidado
caso gozem disparos mas nem fazem caso
sao de amianto as coisas..)
o rabino de rzeszów e pato donald a sophisticated jew
ombreiam seus empoeirados fogos de armistício
e disparam a galopes holofotes e fumações de anéis anis
marlboro gauloises philip morris de 2 – 5 reais o maço
engatilhados após o rosiclérigo matinar teletúbico
uma ou duas hosanas pela tierra del fuego da rep. chile
que tal relíquia de quarta-feira assegure um cantinho
exclusivo nos anais de sutilíssimos eventos
sob uma araucária kircheriana musgolpeiam-se na horizontal
sansão e dalilás em uma orgisséia feito peixes
a morrer pela boca de sede ao pote deitam-se dualmente
com a única diferença que dalilás a violetíssima
ao fim não há de esgoelar em asfixia ao engolir
toma oh gentle reader de fliperamas para ti dentalha teu espanto
pois nosso tempo humanizou-se após uma era de fábulas
(tradução de Ricardo Domeneck)
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