A Al-mu’tâmid (II)

Quantas noites passadas lá no açude
Sinuosas deslizavam as correntes do rio
Como manchadas serpentes.

As correntes murmuravam junto a nós
Ao passar, qual gente ciumenta,
A querer magoar-nos à força da calúnia.

Mas no recanto escolhido
Era o jardim que vinha visitar-nos
Enviando seus presentes
Nas perfumadas mãos da brisa.
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