A Minha Cruz
Esta cruz que me coube por herança,
sofrê-la-ei, Senhor, como ela veio:
não vos peço afasteis vossa vingança
que mereço,-bem sei,- sofrê-la em cheio.
Mas não me abandoneis, porque receio
não ser capaz da dor que já me cansa:
acudi-me, Senhor, vós, força e meio,
com que a vitória sôbre o mal se alcança!
Que eu, refeito de forças, assim possa,
com a oferta tão só das minhas dores,
oferecer-vos coisa de valia!
Sinta eu viva a impressão que é força vossa
minha vitória sobre os dissabores,
e que sois toda a minha valentia!
sofrê-la-ei, Senhor, como ela veio:
não vos peço afasteis vossa vingança
que mereço,-bem sei,- sofrê-la em cheio.
Mas não me abandoneis, porque receio
não ser capaz da dor que já me cansa:
acudi-me, Senhor, vós, força e meio,
com que a vitória sôbre o mal se alcança!
Que eu, refeito de forças, assim possa,
com a oferta tão só das minhas dores,
oferecer-vos coisa de valia!
Sinta eu viva a impressão que é força vossa
minha vitória sobre os dissabores,
e que sois toda a minha valentia!
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