Edmir Domingues
Edmir Domingues da Silva foi um advogado e poeta brasileiro.
1927-06-08 Recife Pernambuco Brasil
2001-04-01 Recife
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Sextina da face oculta
Penetrar no infinito pela porta
que o desvão da memória acaso oculta,
(Que esta mão indecisa porte a vela,
a luz para o caminho). Passo a passo.
Penetrar o invisível sempre sabe
o gosto das lições para o presente.
É preciso se tenha então presente
essa atenção constante que se porta
sempre que se conhece, que se sabe.
Urgente é decifrar a face oculta
mesmo sabendo que esse incerto passo
requer todo o cuidado de quem vela.
Haja o sopro do vento que enche a vela
do barco do desejo, aqui presente,
que se apresta a aventura desse passo.
Na procura incessante dessa porta
que é sempre disfarçada, sempre oculta,
não constante do mapa, ao que se sabe.
É pequeno o saber que o sábio sabe.
Mais precária que a chama de uma vela
a ciência vaidosa sempre oculta
o escasso conhecer mais que presente.
Ninguém herdou a chave dessa porta
que impede ao ser humano o grande passo.
Resta pois prosseguir marcando passo
com que fim, que destino, não se sabe.
A nós os prisioneiros dessa porta,
que não podem viver sem sempre vê-la,
a quem foi sonegado esse presente
que seria o entender a face oculta.
O demônio (o Destino) nos oculta
o que é que significa o nosso passo.
Se é que existe o futuro do presente
para o que se destina ninguém sabe.
A luz mortiça e vaga de uma vela
não dá para enxergar além da porta.
(Quem vive neste passo apenas sabe
desse Dragão presente ao pé da Porta
que dia e noite vela a face oculta.
que o desvão da memória acaso oculta,
(Que esta mão indecisa porte a vela,
a luz para o caminho). Passo a passo.
Penetrar o invisível sempre sabe
o gosto das lições para o presente.
É preciso se tenha então presente
essa atenção constante que se porta
sempre que se conhece, que se sabe.
Urgente é decifrar a face oculta
mesmo sabendo que esse incerto passo
requer todo o cuidado de quem vela.
Haja o sopro do vento que enche a vela
do barco do desejo, aqui presente,
que se apresta a aventura desse passo.
Na procura incessante dessa porta
que é sempre disfarçada, sempre oculta,
não constante do mapa, ao que se sabe.
É pequeno o saber que o sábio sabe.
Mais precária que a chama de uma vela
a ciência vaidosa sempre oculta
o escasso conhecer mais que presente.
Ninguém herdou a chave dessa porta
que impede ao ser humano o grande passo.
Resta pois prosseguir marcando passo
com que fim, que destino, não se sabe.
A nós os prisioneiros dessa porta,
que não podem viver sem sempre vê-la,
a quem foi sonegado esse presente
que seria o entender a face oculta.
O demônio (o Destino) nos oculta
o que é que significa o nosso passo.
Se é que existe o futuro do presente
para o que se destina ninguém sabe.
A luz mortiça e vaga de uma vela
não dá para enxergar além da porta.
(Quem vive neste passo apenas sabe
desse Dragão presente ao pé da Porta
que dia e noite vela a face oculta.
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