Saúl Dias
Júlio Maria dos Reis Pereira, ou Julio como artista plástico e Saúl Dias como poeta, foi um pintor, ilustrador e poeta português.
Vila do Conde
1983 Vila do Conde
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Amei-te
Amei-te
porque o teu olhar numa tarde se encheu de lágrimas,
e falaste em morrer, e tremeste de medo.
Contudo
não eras mais que uma flor corruta,
dessas que a vida enleia e usa
e depois atira para uma sarjeta lamacenta.
Mas, para mim, eras toda inocência, toda pureza branca.
Porque a inocência é um dom de Deus,
o dom só concedido
àqueles que mais ama.
Por isso, os homens só aparentemente sujam
as pequeninas rosas.
Ah! tivesse eu forças para seguir-te,
embora de longe, mas atentamente,
ajudando-te a subir o agreste calvário!
porque o teu olhar numa tarde se encheu de lágrimas,
e falaste em morrer, e tremeste de medo.
Contudo
não eras mais que uma flor corruta,
dessas que a vida enleia e usa
e depois atira para uma sarjeta lamacenta.
Mas, para mim, eras toda inocência, toda pureza branca.
Porque a inocência é um dom de Deus,
o dom só concedido
àqueles que mais ama.
Por isso, os homens só aparentemente sujam
as pequeninas rosas.
Ah! tivesse eu forças para seguir-te,
embora de longe, mas atentamente,
ajudando-te a subir o agreste calvário!
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