La dame à la Licorne
A Vanessa Droz
A dama se faz acompanhar do unicórnio
em todas as telas
– ele passeia pelos sentidos dela.
Faz gosto vê-lo assim,
doméstico,
mimoso animal de estimação
indeciso entre cão e gato.
Dela,
a vista se espraia
pelo corno branco de lua
enquanto tateia na pluma que o recobre
a ave de cascos suspensa
sobre o espírito da tapeçaria.
Dele,
o focinho inspira flores ao derredor,
ramagens, maçã, perfumes:
o meigo bichinho ensina à dama o regime do sol.
Sua voz indivisa é guia
e a dama apanha as cifras:
são raízes, fósseis que se desprendem das pedras,
ocultas nascentes reclamando o ouvido.
Ele passa-lhe tudo o que sabe.
Mas é o amor dela que lhe dá sentido.
A dama se faz acompanhar do unicórnio
em todas as telas
– ele passeia pelos sentidos dela.
Faz gosto vê-lo assim,
doméstico,
mimoso animal de estimação
indeciso entre cão e gato.
Dela,
a vista se espraia
pelo corno branco de lua
enquanto tateia na pluma que o recobre
a ave de cascos suspensa
sobre o espírito da tapeçaria.
Dele,
o focinho inspira flores ao derredor,
ramagens, maçã, perfumes:
o meigo bichinho ensina à dama o regime do sol.
Sua voz indivisa é guia
e a dama apanha as cifras:
são raízes, fósseis que se desprendem das pedras,
ocultas nascentes reclamando o ouvido.
Ele passa-lhe tudo o que sabe.
Mas é o amor dela que lhe dá sentido.
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