Uma tarde que cai
Quando o vemos está sentado no banco da praça
Ela está em casa presa à trama silenciosa
Na praça pássaros e flores são sinceros
Na janela pássaros são fantasmagóricos
Com o lenço do bolso ele seca o suor da testa
Ela enxuga os olhos com a manga
Ele rosna mas só por dentro
Ela supura mas nunca aos domingos
Ele lastima porque o pão é azul
Ela suspira e a tarde muda se avelhanta
Ele pergunta se as janelas são sinceras
Ela pensa em se atirar nalguma água
São fantasmagóricos os azuis que saem dos olhos
A gangrena e a borra são absolutos
Quando o vemos está em frente à TV imaterial
Ela está de costas de bruços de borco
Ele está palitando os dentes à espera
Ela vazia
Ele está entardecente e flama
Ela boia sobre a água azulíssima
Ele tosse cospe resmunga lanceia vage
Ela fez as unhas e o bolo simples
A previsão do tempo anuncia chuva
Ela toca a pedra friíssima
Ele se ofende
Ela se ofélia
Ela está em casa presa à trama silenciosa
Na praça pássaros e flores são sinceros
Na janela pássaros são fantasmagóricos
Com o lenço do bolso ele seca o suor da testa
Ela enxuga os olhos com a manga
Ele rosna mas só por dentro
Ela supura mas nunca aos domingos
Ele lastima porque o pão é azul
Ela suspira e a tarde muda se avelhanta
Ele pergunta se as janelas são sinceras
Ela pensa em se atirar nalguma água
São fantasmagóricos os azuis que saem dos olhos
A gangrena e a borra são absolutos
Quando o vemos está em frente à TV imaterial
Ela está de costas de bruços de borco
Ele está palitando os dentes à espera
Ela vazia
Ele está entardecente e flama
Ela boia sobre a água azulíssima
Ele tosse cospe resmunga lanceia vage
Ela fez as unhas e o bolo simples
A previsão do tempo anuncia chuva
Ela toca a pedra friíssima
Ele se ofende
Ela se ofélia
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