Antônio Olinto
Antônio Olinto foi um escritor brasileiro. Sua obra abrange poesia, romance, ensaio, crítica literária, análise política, literatura infantil e dicionários.
1919-05-10 Ubá, Minas Gerais, Brasil
2009-09-12 Rio de Janeiro
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VI
Trago-te os rios
umedecidos de infância.
Não digas que há esquivanças
neste gesto doado.
Venho com passos naturais,
com piedade, sacrifício,
entregar-te a colheita dos olhos,
o fardo dos claros fracassos.
A pluma capturada
nas realidades sem mistura,
o tenteio do vento
no corpo oferecido as notícias,
a flor presa na mão branca,
o espanto da esposa iniciada,
o passeio exato no jardim —
estão comigo, estas coisas,
nesta verdade do canto,
na quietude dos átrios acalmados.
Trago-te os beijos da criança,
a paisagem ao redor da fazenda,
os brinquedos de barro já com sangue,
os lençóis do justo nascimento.
a mão pousada na madeira,
o sorriso apenas formulado,
a aceitação do gosto recebido,
a alegria das brasas extintas.
Venho dar-te notícias das coisas
esparzidas nos campos lá fora,
entregar-te o resíduo das datas,
o sinal de uma face marcada
para o largo consumo do amor.
umedecidos de infância.
Não digas que há esquivanças
neste gesto doado.
Venho com passos naturais,
com piedade, sacrifício,
entregar-te a colheita dos olhos,
o fardo dos claros fracassos.
A pluma capturada
nas realidades sem mistura,
o tenteio do vento
no corpo oferecido as notícias,
a flor presa na mão branca,
o espanto da esposa iniciada,
o passeio exato no jardim —
estão comigo, estas coisas,
nesta verdade do canto,
na quietude dos átrios acalmados.
Trago-te os beijos da criança,
a paisagem ao redor da fazenda,
os brinquedos de barro já com sangue,
os lençóis do justo nascimento.
a mão pousada na madeira,
o sorriso apenas formulado,
a aceitação do gosto recebido,
a alegria das brasas extintas.
Venho dar-te notícias das coisas
esparzidas nos campos lá fora,
entregar-te o resíduo das datas,
o sinal de uma face marcada
para o largo consumo do amor.
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