O TABULEIRO DE XADREZ
A mesa posta só lembra a espera,
talvez a espera da morte, da peste,
ou jogo de xadrez com o propósito
de adiá-la, deixá-la à espera, só,
na ante-sala da vida, de ironia.
Em uma hora decerto serviriam
vinho sobre a toalha de xadrez,
para que a morte então perdesse a vez
no jogo e, sem olhar para o relógio,
esquecesse que a vida torna ao pó.
Com tudo em seu lugar, a mesa em ordem,
não há medo diante de tal morte.
Talvez seja afetuosa e aprecie
a boa prosa e cálices de vinho,
enquanto o tempo e o jogo passam lentos.
Na casa limpa, olham-se frente a frente
e brindam, mas no fundo esperam ainda
que a outra se embriague com o tinto.
Na toalha aparece estranha nódoa:
marca suja da vida, despropósito.
talvez a espera da morte, da peste,
ou jogo de xadrez com o propósito
de adiá-la, deixá-la à espera, só,
na ante-sala da vida, de ironia.
Em uma hora decerto serviriam
vinho sobre a toalha de xadrez,
para que a morte então perdesse a vez
no jogo e, sem olhar para o relógio,
esquecesse que a vida torna ao pó.
Com tudo em seu lugar, a mesa em ordem,
não há medo diante de tal morte.
Talvez seja afetuosa e aprecie
a boa prosa e cálices de vinho,
enquanto o tempo e o jogo passam lentos.
Na casa limpa, olham-se frente a frente
e brindam, mas no fundo esperam ainda
que a outra se embriague com o tinto.
Na toalha aparece estranha nódoa:
marca suja da vida, despropósito.
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