Da Tripulação

Os tripulantes são meus sentimentos
de um azul andantino nestes mares,
na alternância das vagas em lamentos,
Leva o prumo das linhas estelares

os olhos do abissal ao infinito,
o que já não aquieta o coração:
antes o traz por música celeste,
pelo surdo marulho dos abismos

suspenso em si, no mar, no precipício.
E se um silêncio cresce no intervalo
de um suspiro, das ondas, tempestade,

revoltam-se do ser as ressonâncias,
pedem ao céu o eterno de outros mares,
perdem no mar o efêmero dos céus.

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