Vento de Guaramiranga

Um vento leve,
A bramir as moléculas
Sobe a serra
E encerra.

Vento que a vida trará,
Do alto e do distante,
Pelo espaço,
Rompendo o aço,
Derrubando artes...

Pelo teu corpo sedento
O vento passa.
Alisa teus cabelos,
Acaricia as dobras
De tua orelha.

Onde está o vento ?!
Eis o vento,
Vento...
Vento...
Vento...

Invade em turbilhões
As mangas de tua camisa
Arrefecendo o calor
De teu busto,
Beijando teu rosto,
Desempoeirando tua
Alma...

...E de vento em vento,
Em vento,
Invento o vento
Que te recupera
Do esforço da subida.

Sois de vento,
Iremos todos no vento,
Pois somos o próprio invento
Dos ventos que fazem
O frio...

...Quem dera fosse
Eu o vento.

Na descida embalar
Teu corpo refeito,
Dar-te velocidade,
Carreira,
Rompendo limites,
Para que tu possas,
Como um vento,
Correr com os
Ventos de Guaramiranga.

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