Forragens e Desertos, nos
Versos da Escrivaninha
Minha escrivaninha é túmulo
e reboliço de lembranças;
armário entulhado de tormentas
e águas que retraçam rumos
e barram a invasão do tempo.
Sua desordem é castelo
e sertão dos meus desvelos;
redemoinho e povo desterrado,
exílio que modela dunas
e barra a invasão do tempo.
Minha escrivaninha é mistério
nos fiapos do novelo que me tecem;
amor de gavetas, velhas bastilhas
e medo ou lucidez de resistências,
que barram a invasão do tempo.
Minha escrivaninha é túmulo
e reboliço de lembranças;
armário entulhado de tormentas
e águas que retraçam rumos
e barram a invasão do tempo.
Sua desordem é castelo
e sertão dos meus desvelos;
redemoinho e povo desterrado,
exílio que modela dunas
e barra a invasão do tempo.
Minha escrivaninha é mistério
nos fiapos do novelo que me tecem;
amor de gavetas, velhas bastilhas
e medo ou lucidez de resistências,
que barram a invasão do tempo.
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