Xavier de Carvalho

1871-08-26 São Luís
1944-05-17 Rio de Janeiro
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Noivas Mortas

Essas que assim se vão, fugindo prestes,
De ao pé dos noivos, carregando-os nalma,
Amortalhadas de capela e palma
Em demanda dos páramos celestes;

Essas que, sob o horror que a morte espalma,
Vão dormitar à sombra dos ciprestes
Em demanda dos páramos celestes
Amortalhadas de capela e palma;

Essas irão aos céus, de olhos risonhos,
Por entre os Anjos, pelas mãos dos Sonhos,
De asas flaflando em trêmulos arrancos,

De Alvas Grinaldas pelas tranças frouxas,
De olhos pisados e de olheiras roxas,
Todas cobertas de Pecados Brancos.

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