Aguinaldo Fonseca

Poeta. Fez estudos primários e secundários no Mindelo e viveu na Ilha de Santiago antes de na década de quarenta se fixar em Lisboa, altura em que era companheiro de Amílcar Cabral. Funcionário público. Após ter obtido um prémio de poesia concedido pelo Diário Popular, colaborou em várias publicações de Lisboa – Seara Nova, Atlântico, Mundo Literário, Mensagem da Casa dos Estudantes do Império e no «Suplemento Cultural» de Cabo Verde, também organizado na capital portuguesa, mas que a censura proibiu. Em S. Vicente, colaborou na Claridade. Em 1951, a Casa dos Estudantes do Império, de Lisboa, publicar-lhe-ia o seu único livro, Linha do Horizonte. Entre 1952 e 1958 ainda publicaria no Cabo Verde, Praia, seis poemas, cinco dos quais inéditos. Depois destas publicações, não voltou a publicar fosse o que fosse, negando-se mesmo a reeditar o seu único livro. Está representado na Antologia da Poesia Negra de Expressão Portuguesa, de Mário de Andrade (Paris, 1958), em Modernos Poetas Cabo-Verdianos, de Jaime de Figueiredo (Praia, 1961), Modern Poetry from Africa, de Gerald Moore e Ulli Beier (Penguin Books, Harmondsworth, Inglaterra, 1963), Poetas e Contistas Africanos, de J. Alves das Neves (São Paulo, 1963), No Reino de Caliban, vol. 1, de Manuel Ferreira (Lisboa, 1975), 50 Poetas Africanos, também de Manuel Ferreira (Lisboa, 1989), e noutras antologias de poesia africana publicadas em França, em Itália e em Portugal.