Teka Castro
Escritora desde a tenra idade. Formada em Química.
Professora aposentada. Ambientalista e Espiritualista
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1967-06-30 São Paulo
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Não sou surdo
Você grita em minha casa de oração
Pede com as mãos levantadas
E, muitas vezes dás o que não tens aos homens,
Que se dizem pastores, servos de Deus.
Você grita, lamenta, usa saias longas,
Não corta os cabelos,
E, o homem, num apelo,
Se acha no direito de mandar em ti.
Você que ora sem verdadeira intenção,
Saiba que minha casa,
Não é o templo repleto de ouro,
Com tesouros ocultos,
Ou um sepulcro em terra que se diz santa.
Minha casa, é o coração e a mente humana,
Que muitas vezes me joga fora,
Deixando as vaidades entrarem,
E eu então, bato à porta novamente.
Hoje, na era contemporânea,
Tanta gente se engana,
Novamente a torre de Babel,
Não sou surdo.
Para te ouvir,
Basta silenciar tua voz, e abrir teu coração,
Deixe-me adentrar e explorar tua alma,
Fazer reconhecer tuas culpas,
Saber fazer pedi desculpas e encontrar a Paz.
Não sou surdo,
E amo o que criei,
Só que vejo você tudo destruir,
Construir arranha-céus
E encontrar-me num lugar fechado, não!
Estou ao teu lado,
Nos rios, mares, nos ares, na relva,
Na selva, na vida que o homem moderno mata.
Então, feche os olhos e escuta teu coração,
Essa é a minha comunhão.
Tereza Cristina G Castro.
Poesia manuscrita em 2/1/2018.
Hoje dia 12/1/18, transcrita para com exclusividade para Escritas.org
Paz e bem.
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