Camilo Pessanha

Camilo Pessanha

Camilo de Almeida Pessanha foi um poeta português. É considerado o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa, além de antecipador do princípio modernista da fragmentação.

1867-09-07 Casal de Leão, Coimbra
1926-03-01 Macau, República Popular da China
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Fonógrafo

Vai declamando um cômico defunto.
Uma platéia ri, perdidamente,
Do bom jarreta... E há um odor no ambiente
A cripta e a pó, - do anacrônico assunto.

Muda o registo, eis uma barcarola:
Lírios, lírios, águas do rio, a lua.
Ante o Seu corpo o sonho meu flutua
Sobre um paul, - extatica corola.

Muda outra vez: gorjeios, estribilhos
Dum clarim de oiro - o cheiro de junquilhos,
Vivido e agro! - tocando a alvorada...

Cessou. E, amorosa, a alma das cornetas
Quebra-se agora orvalhada e velada.
Primavera. Manhã. Que eflúvio de violetas!

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