Artur de Azevedo

Artur de Azevedo

Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo foi um dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro.

1855-07-07 São Luís MA
1908-10-22 Rio de Janeiro, Brasil
52409
3
27


Alguns Poemas

Uma Valsa

(...)
Valsa ditosa
Vertiginosa
Que delícia nos fazes gozar!
Débil cintura
Com mão impura
O direito nos dás de apertar!
Túmidos seios,
Cerúleos veios
Junto ao peito sentimos arfar!
Há melhor gosto
Que um lindo rosto
A' distância de um beijo fitar?
Quatro imprudentes
Lábios ardentes
Por acaso se podem tocar...
Eternas horas,
Noites e auroras,
Uma valsa devera durar!

(...)

É agora!
Lá vão,
Embora
Cansados!
Danados
Estão!
O moço
Destroço
Na trança
Causou:
O cravo
— Que agravo! —
Na dança
Roubou!
A trança
Rolou!
E todos
Tais modos
Lamentam,
Comentam:
— Audácia!
— Filáucia!
— Tunante!
— Tratante!
Já chovem
Protestos.
— Que horror! —
E o jovem,
Os restos
Beijando
Da flor,
Pulando,
Suando,
Mostrando
Furor,
Não pára,
E, a cara
Metendo,
Vai tendo
Lugar!
A triste
Resiste
Nos braços
Devassos
Do par.
O esposo,
Furioso,
A banda
Não manda
Calar!
A bela
Senhora
Desmaia:
Na sala,
Sem fala
Descai!
Descaia!
Que, embora
Sem ela,
O ovante
Dançante
Lá vai!
— Mas pare!
— Repare!
— Faz mal!
Aviso
De siso
Não val!
— Pisou-me!
— Matou-me!
— Socorro,
Que eu morro
Papai!
— Borracho
Estará?
— Eu acho
Que está!
E a banda
Tão rara,
Nefanda,
Não pára!
O amigo
Co'as pernas
Ligeiras
E eternas
Levando
Consigo
Cadeiras,
Quebrando
Sofás,
A gente
Pisando
Que frente
Lhe faz,
Não cansa
Na dança,
Zás, traz!
E lhe ouço
— Que moço!
Girando,
Gritando,
Dizer:
— Almejo,
Desejo
Dançando,
Valsando
Morrer! —

(...)

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In: AZEVEDO, Artur. Contos em verso. Rio de Janeiro: Garnier, 1910. Poema integrante da série Contos Brasileiros
Artur Azevedo (São Luís MA, 1855 - Rio de Janeiro RJ, 1908) teve sua primeira comédia, Amor por Anexins, estreada em 1868, em São Luís MA. Em 1869 tornou-se autor, ator e um dos criadores do Teatro Normal, pequeno teatro adaptado em uma das dependências do Gabinete Português de Leitura. Publicou seu primeiro livro de poemas, Carapuças, em 1871. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1873, e lá trabalhou como colaborador em vários periódicos, como o Diário do Rio de Janeiro, Correio da Manhã, O Mequetrefe, Kosmos, O País. Entre 1876 e 1908 traduziu e adaptou cerca de 14 dramas, comédias e operetas francesas em verso, dentre as quais duas de Moliere; também escreveu inúmeras peças para teatro de revista. Participou na campanha abolicionista com artigos no jornal O Mequetrefe e com a peça O Liberato e fez críticas, em prosa e verso, ao governo do Marechal Deodoro da Fonseca, no jornal Correio do Povo. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1897. Artur Azevedo fez peças de teatro em versos que, se obedeciam aos cânones da linguagem rimada e metrificada, não deixavam de agradar muito o público espectador. Ficou famoso pelas peças satíricas e humorísticas. Sua poesia é vinculada ao Parnasianismo.
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