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Poeta, advogada e divulgadora cultural. Atualmente, em parceria com Sennor Ramos, edita o espaço Interpoética e integra a equipe do site Escritoras Suicidas. Na década de 80, Cida Pedrosa coordenou o Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco, que promovia recitais de rua e publicações alternativas.
A escritora estreou em livro em 1982, com a coletânea de poemas Restos do Fim. De lá para cá, já publicou mais três volumes-solo: O Cavaleiro da Epifania (1986); Cântaro (2000); e Gume (2005). Além disso, participou de várias antologias coletivas e contribuiu na organização de outras publicações de poesia.
Cida Pedrosa é uma das vozes mais expressivas em atividade na poesia brasileira. Seus poemas têm a propriedade de combinar duas linhas de força aparentemente opostas — uma vertente social e outra de natureza mais íntima, embora não confessional. A primeira linha caracteriza um trabalho que mantém os olhos bem abertos para o que se passa ao redor, notadamente a realidade das gentes e coisas de Pernambuco.
Nesse aspecto, a poesia de Cida Pedrosa funde-se à paisagem para gestar um "poemapodre", "poemaponte", sufocado de "fumaça ferrugem fuligem". A cidade, claro, é Recife, tanto no texto "Urbe", como em "O Oriente da Cidade", transcritos ao lado. Também deve ser de Recife essa Milena, que dá título a outro poema, funcionária que relata suas aventuras amorosas na cantina da repartição. Igualmente recifenses devem ser o funcionário de "Morte sob Carbono" e o trágico menino que se diverte perigosamente, pegando carona nos carros, em "O Surfista".
Mas a mesma poeta que trata desses temas densos, com a dor visitando o Capibaribe, também sabe dedilhar as cordas da ternura em canções de amizade, como "Um Certo Sol sobre São Paulo" ou de entrelaçamento amoroso, a exemplo do sutilmente erótico "O Caminho da Faca". Em poemas como "Céu de Confeiteiro", as vertentes pública e íntima da poesia de Cida Pedrosa fundem-se no mesmo ritual.
A poeta Cida Pedrosa sabe que é sempre oportuno cantar o amor, mesmo "em tempo de luas magras".
A escritora estreou em livro em 1982, com a coletânea de poemas Restos do Fim. De lá para cá, já publicou mais três volumes-solo: O Cavaleiro da Epifania (1986); Cântaro (2000); e Gume (2005). Além disso, participou de várias antologias coletivas e contribuiu na organização de outras publicações de poesia.
Cida Pedrosa é uma das vozes mais expressivas em atividade na poesia brasileira. Seus poemas têm a propriedade de combinar duas linhas de força aparentemente opostas — uma vertente social e outra de natureza mais íntima, embora não confessional. A primeira linha caracteriza um trabalho que mantém os olhos bem abertos para o que se passa ao redor, notadamente a realidade das gentes e coisas de Pernambuco.
Nesse aspecto, a poesia de Cida Pedrosa funde-se à paisagem para gestar um "poemapodre", "poemaponte", sufocado de "fumaça ferrugem fuligem". A cidade, claro, é Recife, tanto no texto "Urbe", como em "O Oriente da Cidade", transcritos ao lado. Também deve ser de Recife essa Milena, que dá título a outro poema, funcionária que relata suas aventuras amorosas na cantina da repartição. Igualmente recifenses devem ser o funcionário de "Morte sob Carbono" e o trágico menino que se diverte perigosamente, pegando carona nos carros, em "O Surfista".
Mas a mesma poeta que trata desses temas densos, com a dor visitando o Capibaribe, também sabe dedilhar as cordas da ternura em canções de amizade, como "Um Certo Sol sobre São Paulo" ou de entrelaçamento amoroso, a exemplo do sutilmente erótico "O Caminho da Faca". Em poemas como "Céu de Confeiteiro", as vertentes pública e íntima da poesia de Cida Pedrosa fundem-se no mesmo ritual.
A poeta Cida Pedrosa sabe que é sempre oportuno cantar o amor, mesmo "em tempo de luas magras".