Frei Agostinho da Cruz
Agostinho Pimenta, mais conhecido como Frei Agostinho da Cruz, foi um frade e poeta português.
1540-05-03 Ponte de Lima
1619-05-14 Setúbal
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Alguns Poemas
Biografia
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Livros
Poeta português, nascido em Ponte da Barca. Agostinho Pimenta adoptou o nome de frei Agostinho da Cruz quando se tornou frade capuchinho, aos vinte e um anos de idade.
Tal como o irmão, Diogo Bernardes, cantou a Natureza, facto que se deveu à sua íntima relação com a serra da Arrábida, onde fez o noviciado e viveu como eremita de 1605 até à morte.
Conhecia a serra de lés-a-lés, e a presença desta é de tal modo constante que é quase impossível separar a sua poesia do espaço geográfico em que se inscreve. São comuns as referências à flora e à fauna piscatória da região, sendo as personagens dos seus poemas pastores e pescadores, também eles símbolos da solidão.
Nos sonetos, éclogas, elegias, odes e canções que escreveu está patente a sua opção por uma vida dedicada à contemplação, assim como o seu desejo de reclusão.
A influência de Camões ecoa em muitos dos seus poemas, mas o seu estilo, recheado de hipérbatos, antíteses e paralelismos deixa já adivinhar alguns traços do maneirismo e da poesia barroca.
A sua obra só começou a ser publicada no século XVII, e ainda hoje, na ausência de uma edição crítica, subsistem dúvidas quanto à autoria de alguns poemas. Frei Agostinho da Cruz é, sem dúvida, um dos maiores poetas místico-religiosos de toda a poesia lírica portuguesa. Em 1918, com prefácio e anotações de Mendes dos Remédios, foi publicada a sua poesia sob o título Obras. Conforme a Edição Impressa de 1771 e os Códices Manuscritos das Bibliotecas de Coimbra, Porto e Évora
Tal como o irmão, Diogo Bernardes, cantou a Natureza, facto que se deveu à sua íntima relação com a serra da Arrábida, onde fez o noviciado e viveu como eremita de 1605 até à morte.
Conhecia a serra de lés-a-lés, e a presença desta é de tal modo constante que é quase impossível separar a sua poesia do espaço geográfico em que se inscreve. São comuns as referências à flora e à fauna piscatória da região, sendo as personagens dos seus poemas pastores e pescadores, também eles símbolos da solidão.
Nos sonetos, éclogas, elegias, odes e canções que escreveu está patente a sua opção por uma vida dedicada à contemplação, assim como o seu desejo de reclusão.
A influência de Camões ecoa em muitos dos seus poemas, mas o seu estilo, recheado de hipérbatos, antíteses e paralelismos deixa já adivinhar alguns traços do maneirismo e da poesia barroca.
A sua obra só começou a ser publicada no século XVII, e ainda hoje, na ausência de uma edição crítica, subsistem dúvidas quanto à autoria de alguns poemas. Frei Agostinho da Cruz é, sem dúvida, um dos maiores poetas místico-religiosos de toda a poesia lírica portuguesa. Em 1918, com prefácio e anotações de Mendes dos Remédios, foi publicada a sua poesia sob o título Obras. Conforme a Edição Impressa de 1771 e os Códices Manuscritos das Bibliotecas de Coimbra, Porto e Évora