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Jean Follain foi um poeta e escritor francês, nascido a 29 de agosto de 1903 na vila de Canisy, nos arredores de Saint-Lô, capital da Mancha. Associado a poetas como Max Jacob, Eugène Guillevic e Pierre Albert-Birot, publicou seus primeiros Cinq poèmes em 1933. A este, seguiram-se La Main chaude (1934), Le Gant rouge (1936), Ici-bas (1941), Les Choses données (1952), Objets (1955), Des heures (1960), Poèmes et prose choisis (1961), D'après tout (1967) e Éclats du temps (1971), entre vários outros. Recebeu o Prêmio Mallarmé em 1939 e, pelo conjunto de sua obra, o Grande Prêmio de Poesia da Academia Francesa em 1970. Morreu em Paris na noite de 10 de março de 1971, ao ser atropelado no quai des Tuileries.
Em meio a décadas fortemente dominadas pelo surrealismo e pela poésie pure na França, Jean Follain produziu uma poesia de força material e de observação precisa, que poderia unir seu trabalho ao de certos outsiders de outros países, como George Oppen nos Estados Unidos, certos poemas da fase inicial de Carlos Drummond de Andrade ou, no pós-guerra alemão, o trabalho de poetas como Günter Eich e Peter Huchel.
--- Ricardo Domeneck