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Poetisa. Cursou Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, licenciou-se em Direito em 1978. Começou muito cedo a escrever e a publicar poesia, viajou pela Europa, residiu em Paris durante quatro anos e aí participou activamente na insurreição estudantil do Maio de 68. A sua vida, como a sua obra, foi um permanente desafio a todas as regras. A partir dos anos sessenta verifica-se uma maior depuração nos seus livros, cujos temas centrais são o amor, predominantemente sáfico, o desejo e o prazer, a solidão, o orgulho e o estoicismo perante a infelicidade e perante a morte. Há, por vezes, nos seus versos uma ânsia de completude, de fusão dos corpos e dos espíritos, a que se sucede amiúde o desencanto. Curiosamente, a sua pletora vital encontra formas de síntese para se exprimir poeticamente, ora cortando a direito pela confissão, que grita secamente, ora detendo-se no embalo de uma fruição sensual exaltante, mas limitada pelo precário, pelo fugaz, pela imperfeição dos seres e da própria vida. A sua sede de unicidade, de absoluto, só encontra, por fim, o fel da existência. A sua obra equilibra-se assim entre o cântico dos sentidos e o cansaço, a desilusão. A ironia, muito presente nos seus poemas, pode tornar-se escárneo, quase blasfémia, logo após a celebração do instante perfeito. Sem ter sido das vozes mais marcantes da sua geração, Manuela Amaral deixa, no entanto, na poesia portuguesa das últimas décadas um interessante rasto de rebeldia, de furor existencial e de libertação erótica. De livro em livro, embora possuisse, como artista, mais riqueza instintual do que senso crítico, a sua poesia foi-se aperfeiçoando, não raro atingindo singular beleza de conceitos e ritmos, desde Madrugadas, de 1957, e Fé Pagã, de 1961, mas sobretudo a partir de Hino Proibido, de 1967, até ao despojamento e o rigor de Esta Coisa Quase Vida, de 1993, texto de muito acerba auto-flagelação, à beira do desespero. Posteriormente sairam ainda A Elegia do Corpo, em 1995; Em Nome do Nada, que tão bem a retrata, em 1996; e Amor no Feminino, talvez o seu livro mais transgressor, em 1997. Merecem também referência e podem ser muito úteis a quem venha eventualmente a estudar a sua obra,Mais Alto de 1958; A História de Uma Noite, de 1963; A Cruz de Pau, de 1965, obras, tal como as outras, difusamente referenciais e por vezes abrasadas de paixão, geladas de desprezo ou escancaradas em riso.
Ver também
Júlio César Moubarak.
Somos assim querida, graças à Deus não nos limitamos às mesmices!!!!!! Adorei seu poema!!!! Facebook: Júlio César Moubarak.
23/janeiro/2018