Um amor proibido
Estou silenciosa, de frente para a ponte
atrevendo-me, sem me atrever a atravessá-la
Tu olhas-me carinhoso, do outro lado,
atrevendo-te, sem te atreveres a atravessá-la
o meu coração mantém-se embrulhado em
seda branca
Incapaz de respirar ou ver
Estou parada neste homem, sem me mover,
à espera
Uma poeira laranja invade devagar
esta paisagem estrangeira
e o meu coração estoira
Então, enquanto o dia entra pela noite
eu abro a gaveta da minha bravura
e firme passo sobre o preconceito das gentes
Um passo
depois outro
amorosamente atravessando a ponte