Conheço um rapaz curioso de se ver,
é chamado de "O Bob Bobo", desajeitado
vive tropeçando, mas gosta de escrever
poemas, ele faz seus versos bem rimados.
Mal sabe subi' no ônibus pra' voltar
pra' própria casa e no meio do seu caminho
ele pega o bloco de notas pra' anotar,
um verso improvisado com aninho.
Escreve sobre seu sentimento velado
por uma bela dama, Irene era seu nome;
escrevia para ela - ingênuo apaixonado -
iludido, para Bob era sobrenome.
Ele idealizava a bela e jovem dama,
acreditou que ela era a perfeição encarnada,
para "O Bob Bobo", Irene ri e se ascende a chama
no coração dele, uma paixão acalorada;
Ele não sabia mas, na mente de Irene
a donzela pôs se a rir dele e não para ele,
E nem deu tempo para que ele concatene,
Ele não estava estável para um fato daquele.
"O Bob Bobo" estava se auto iludindo atoa,
"O Bob Bobo" quer ver Irene ri' de novo,
fez o seu mar de confusão virar lagoa;
tal romantismo açucarado desaprovo!
É tão ingênuo e aluado esse jovem rapaz,
mal sabe ele que isso virá o atormentar,
daqui uns meses se sentirá em acaltraz,
preso no passado, nunca irá escapar!