A vida boêmia segue sem pressa, sem dilemas, sem problemas.
Fico estático — pensando, vendo, sondando — e o mundo inteiro me parece um cenário gasto,
Às vezes leve, mas jamais tradicional.
É súbito, é breve, um lampejo de algo vivo, quase moderno.
Trago após trago, a brasa toca a boca, queimando os meus lábios.
Seca, exausta, está a garganta do poeta que já cansou de afirmar
que as plantas ainda sussurram seus segredos às crianças.