Do andante aforismático
Eu ando rodopiando o mundo-sem-fundo,
Dançante à entrincherar,
Para ao menos me sentir vivo, implicativo,
Com um escuro que eu possa iluminar, ou ao menos tentar..
Neste mundo-sem-fundo,
Um andante que caminha por entre a escuridão não é bastante, e por vezes,
Digno de evitação.
Talvez o seja assim tão temente por não aceitar o absurdo inevitável acontecer:
ação, movimento, devir, ou aquilo na qual acontece na vida sem cessar,
Tensão fenomênica, ou ainda, ato de acontecer como as águas.
O que se considera loucura neste mundo é o mesmo que compreendo como saudável,
O conservador da cultura desintegra
O que diferencia da ilusão do igual
Assim compreendo o ser louco, o fora de si, que assim, o é para o outro,
Mas seria necessariamente para si?
Penso que seja essa uma questão para ser resolvida,
Impessoalmente, comunitariamente, no axilio de bons reflexos
Quem é, portanto, aquele que detém, por fim, o fato verídico?
Há então um fato primordial/universal para nossa existência?
Para todos nós, existentes?