Carlos Silva

Carlos Silva

O Músico, poeta cantor e compositor CARLOS SILVA, segue a trajetória de cantadores utilizando o canto falado em seus shows, palestras e apresentações em unidades de ensino fundamental e superior.

1963-04-14 São Paulo
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Alguns Poemas

Minha vida virtual

Minha vida virtual
Carlos Silva

Na base do “Control C”
Eu vivo a copiar
Já não sei me expressar
Vou colar no “Control V”
Eu sou franco a você
Que isso me compromete
Mas aos outros não compete
Se estou certo ou errado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da Internet

São dois esses ou é C cedilha?
Eu não sei mais escrever
Vou ter que reaprender
Reestudar a cartilha
No Excel minha planilha
A soma me compromete
Meu PC deu um Reset
Deu erro no resultado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Cebola salsa seringa
Passeio passo passado
Maço macio amassado
Marrenta marreta moringa
Resto restinho e restinga
Tesouro testa tiete
Caniço coçar canivete
Pra escrever tenha cuidado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Açougue açude aguada
Peço no preço desconto
Tontice é coisa de tonto
Um torto torando a tourada
Apressa passando a passada
O teclado tecendo compete
O dedo passeia e remete
Tentando novo aprendizado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Com X ou com CH
Enxoval encher enxada
Desfechar porta fechada
Sendo aqui ou acolá
Pra li pra lá ou pra cá
Verbo averbado ou verbete
Paz faisão ou toilete
O tema é complicado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Exceto ou exceção
Espoleta e excremento
Esmeralda experimento
Espaço estrondo explosão
Enxada enxofre expropriação
Entorse entorta intromete
Exploração ou omelete
Cada palavra um dobrado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Eu uso abreviaturas
Para me comunicar
BLZ pra confirmar
Mudo as nomenclaturas
Desrespeito estruturas
Onde a leitura compromete
Pois a mim já não compete
Viver desinformatizado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

O linguajar atual
Perdeu de vez o sentido
Eu deixei de ser sabido
Por tanto erro virtual
Mouse e teclado são um mal
Que o nosso viver acomete
Quem não souber não compete
Fica fora do mercado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Já escrevem sem acento
Não fazem pontuação
A gramaticalização
Não ensina a contento
O pobre do elemento
Tanto erro já comete
Na vida leva bufete
Torna-se ignorado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

A minha memoria RAM
Virou sapo de lagoa
Pronuncia ficou atoa
Acordo pela manhã
Juízo meio tantan
Já gritei pra Risonete
Quer me deletar delete
Mas não vou ficar calado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Shift Wake Power Sleep
Page up Page down
No teclado é normal
Parece língua de hippie
Ou cabra que pega gripe
Quando a friagem acomete
E a palavra se repete
Torto e desaprumado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet

Vou encerrar o meu texto
Sem muita abreviação
Isso já nem cabe não
Fica fora do contexto
Eu invento um pretexto
Chega o juízo derrete
Invento um novo verbete
Pra não ficar isolado
Voltei a ser um desletrado
Por conta da internet.

UMA TROPA, MUITAS SAUDADES

Justino, Ezequiel Melchiades encilhem as mulas verifiquem as ferraduras, os arreios e as caixas.

A jornada será longa até atravessarmos o rio, aproveitando que as chuvas nao vieram se não, seria impossível seguir viagem.

Assim, dizia o experiente Zaqueu Ferraz com mais de 40 anos de experiência tocando tropas nesses sertões de grandes segredos.
Os mantimentos eram conduzidos por um burro que só carregava as provisões.
Uma manta de carne do sol, toucinho defumado, rapadura, farinha, banha de porco, produtos para limpeza, querosene, um galão com aguardente pra temperar a guela e afastar a secura do pó da estrada.

O responsável pela guarda conservação e preparo das refeições, cabia ao velho Tião. SEBASTIAO HIPOLITO FERRAZ. Primo do velho Zaqueu.

O Nego Tião (como era chamado pelos companheiros) tinha os dons de ser poeta, Violeiro, cantador e bom de versos rimados, que animava os seus leais amigos de tropa.

Foi ele inclusive, quem deu um nome pro grupo: TROPEIROS DO VELHO FERRAZ.

As currutelas já conheciam o grupo, devido as cantorias do animado Tião, que fazendo uso de um berrante dos tempos que participava das comitivas la pras bandas de Miranda no Matogrosso do sul, sempre trazia como peça indispensável e muito importante nas jornadas percorridas. Ezequiel, vez em quando perguntava so pra ver o delirio melodioso da resposta: Nego Tião. -Diga Ezequié!

O que é que um grupo de tropeiros tem a ver com berrante Tiao? Ele soltava uma sonora gaitada e depois dizia com os olhos brilhando de intensa alegria como se revivendo um passado que lhe fora presenteado com tanto carinho: NADA! É só pra matar a saudade e fazer meu coração sorrir mais feliz.

Ao dizer isso, repetia a sonoridade soprante fazendo do seu choroso berrante, uma gaita pra todos ouvirem e saber que o bom Tião e o grupo TROPEIROS DO VELHO FERRAZ, estavam por ali rompendo campinas e desbravando os sertões numa lida secular, no verdadeiro ofício dos tropeiros, grandes contribuintes para o progresso do nosso brasil, mas que hoje (para a tristeza de muitos) já não existem mais.
Em cada currutela daquelas cercanias, existem placas que marcaram essa atividade comercial de esplendoroso valor, guardando em cada vereda, imortais lembrancas de um tempo feliz.

Tem uma que diz:

OS TROPEIROS DO VELHO FERRAZ, UM DIA POUSARAM AQUI.
Noutra mais adiante pode ser lido: O BERRANTE DO NEGO TIÃO, AINDA ECOA NOS SERTÕES E NOS NOSSOS CORAÇÕES.

Toca Nego Tiao, nesse vasto universo de sonhos, o teu berrante para que os anjos possam nos avisar que voce está em paz e dando suas gaitadas pra fazer do ceu, uma estrada de alegrias.

O DESPERTAR DE UM NOVO DIA


“O MUNDO DEU UMA REVIRAVOLTA”
Acumulamos muitas perdas, e por vezes choramos, até por aqueles que nunca vimos, mas que tomamos ciência do seu existir, após as suas respectivas partidas. 
Sim, eles se foram. Dentre eles, elas também.
Vidas interrompidas, sonhos diluídos como num sopro leve, numa angustia onde o ar, fez muita falta.
Ultrapassamos em nosso globo terrestre mais de um milhão de vidas ceifadas pelo corona vírus.
A cada 100 anos (como com um pretexto de diminuir a raça humana) uma onda de infecções, invade o planeta.
Quando não por guerras, bombas, misseis, e as contaminações ou fabricadas em laboratórios, ou oriundas de quem sabe de onde.
Mas o que mais (também de forma desumana, e que acredito ser pior do que a Bomba atômica), é a fome.
Silenciosa, Lenta e implacável, mas que só atinge os miseráveis criados pelo sistema de desperdícios, abandono, descaso e desumanidade.
O Coronavírus, veio desestabilizar o mundo, quebrar poderes de dominações, implantar outros interesses em quem tem mais, e muito mais crescer com a visível devastação causada por um vírus que está se mostrando mais forte que a ciência,pois está, ainda não encontrou a vacina NAO PARA COMBATE-LO, MAS ELIMINA-LO DE VEZ.
Afastou pessoas, distanciou sentimentos e excluiu muitos da sociedade que viviam alheios ou sem acreditar que tal INVASÃO pudesse acontecer e devastar com tamanha rapidez, tanta gente pelo mundo afora.
Vale ressaltar, que antes dessa pandemia, tivemos outros CONTRIBUINTES DEVASTADORES DA HUMANIDADE:
• Aids
• Ebola
• Febre Amarela
• Gripe Espanhola
• Malária
• Poliomielite
• Sarampo 
• Tifo
• Tuberculose
• Varíola 

Os estudiosos sei que tem o número exato de mortes causadas por estas doenças, e devem ser assustadores.


PERGUNTEMO-NOS:
• Qual o aprendizado, em que melhoramos ou em que pioramos, quais as perspectivas para o futuro, como encarar tudo daqui por diante, o acumulo de fortunas ainda é necessário, uma nova onda E MAIS DEVASTADORA cairá sobre a terra, E DEPOIS DO CORONAVIRUS O QUE TEREMOS QUE ENFRENTAR MAIS ADIANTE, Haverá alimento para suprir a demanda no mundo, as nossas produções agrícolas no Brasil, serão suficientes para consumo ou a exportação far-se-á mais necessária para capitalizarmos e equilibrar o PIB da nação enquanto abastecemos o mercado externo e corremos o risco de inflacionar nossos produtos aqui para o nosso consumo?

• Qual a nossa visão religiosa, como estaremos vendo, Deus, Cristo e a religião, o que teremos de bom em nós, que possa agradar a Deus, será que já estamos de fato vivendo os momentos finais do planeta, e as pessoas que não acreditam nessa probabilidade, como estão se preparando para o seu viver futuro?
Será que tudo que vivemos até aqui, acabar-se-á em breve sem que sejamos contemplados com a recompensa da vida eterna como o Cristo prometeu, quando afirmou: NA CASA DO MEU PAI EXISTEM MUITAS MORADAS, Muitas moradas para quem e para quantos?.

No que nos tornaremos após essa epidêmica situação que trancou em casa pais e mães de famílias, que teve que se sujeitar a um auxílio emergencial do governo e que viu os produtos mais essenciais para alimentação aumentarem exorbitantemente, fazendo a quantia valer menos da metade recebida?
Que mundo estaremos vivendo, já que (Muitos acreditam baseados na fé e eu me incluo nisso) que em breve, E MUITO BREVE, tudo isso aqui vai passar e uma nova terra será refeita e haverá um paraíso na terra, em que somente os bons de coração caráter e alma nele habitarão?
Deve haver sim, uma maneira de recuperar a nossa vida, de forma mais aproximada de Deus e dos seres que realmente merecem estar guardados e protegidos num reduto onde a paz o amor e a vida plena e abundante, esteja sendo preparada para cada um, desde que, merecedores sejam, desse usufruir.
Assim, teremos uma terra repovoada onde o mal, não existirá, onde o medo, não nos atormentará, onde a morte, jamais possa nos encontrar, pois o Senhor da vida, é quem tomará conta de cada um desses merecedores.

Vivamos, com a farta e abençoada esperança de que um dia, estaremos livres de tudo que causou tanta tristeza e que por ser tão forte, jamais lembraremos das agruras por aqui vividas.
Paz a todos o tempo todo todo e a todo tempo.


Carlos Silva.
05 de Outubro do ano de 2020

EMBALANDO UMA TARDE TRISTE

Toda tarde é triste. Por si só, ela (à tarde) traz um retrato diferente do que as outras fases do dia e nos força lembrar coisas tão nossas que nos sentimos meninos jogando bola, brincando de bolinha de gude, de pega pega. As peraltices na escola, a merenda, o recreio, as meninas de saias curtas de cor azul e de blusa ou camiseta branca com sapatos pretos, cabelos bem arrumados, cheirosas e convidativas ao galanteio, ao cortejo, ao interesse de namoro. Às vezes dava certo e noutras não.

Mas a infância ou a pré adolescência é algo mágico, pintado pela emoção dos momentos vividos e divididos de formas iguais, tipo assim, sem medo, sem culpa, e sem responsabilidade. A praça pequena da cidade pequena cercada de sonhos grandes, de gente grande e de passos lentos de todos em busca simplesmente do viver,

O cheiro de pão, ahh o cheiro de pão de forno a lenha se espalhava pela cidade, e quando ele invadia minhas narinas, eu já me preparava para ouvir a sonoridade tão doce (De onde estivesse) da voz da minha mãe me chamar para ir á padaria comprar o tão delicioso e sagrado pão da tarde.

Não, naquela época, eu não via à tarde triste, pois eu era jovem, corria, brincava, soltava pipa, tomava banho no tanque grande e chupava mangas no sitio de Dona Fia, que ainda dizia: Levem algumas para sua mãe.

A vida era assim, não se cobrava pelas frutas (mangas, bananas, Laranjas, goiabas) na comunidade, tudo era uma fartura. Milho, feijão, abobora batata, o povo tinha prazer em dizer: Leve para a comadre.

Hoje, movido pelo balanço da rede no meu quintal, posso (na minha imaginação) montar essas imagens e outras tantas que vivi, onde ser feliz, era uma obrigação cotidiana e o preço, a pagar, era a satisfação de ser o que éramos sem precisar ser o que querem que sejamos.
As cobranças cresceram comigo e hoje sou o que meu pai foi: Um pai zeloso e preocupado se o dinheiro que tenho no bolso dará para comprar meia dúzia de pães de forno elétrico, com massa preparada com tanta química que deixa o pão inchado por fora e oco por dentro, igual cabeça de muitos Homens do poder.

Meu riso nem sempre é como um dia fora. Meus pensamentos cresceram junto comigo a ponto de sentir medo de saber de fato o que sou o que quero, ou para onde vou depois que terminar esses meus pensares no balanço dessa rede de ranger triste, com seus tornos cansados do oficio de embalar corpos. Não poderei levar a rede comigo e nem tampouco ficar a mercê das minhas lembranças que me enchem de vontade de voltar a pagina da minha historia e voltar a correr livre e solto, preso apenas nos devaneios e nas vontades de menino travesso criado numa comunidade pequena cheia de gente grande.
Eu tenho saudades do passado. Gostaria de voltar lá, e tentar mudar alguma coisa que me fez fazer algo errado no hoje que vivo. Não, isso não é possível, daqui não dá pra voltar, somente mesmo nas minhas lembranças sopradas pela nevoa desse recordar tão melancólico que chego a querer chorar como se fosse possível voltar a ouvir o grito suave da minha mãe a me chamar para comprar o pão. Não... Não... Nunca mais a ouvirei, pois a sua voz fora enterrada junto com ela em 1998. Mas ainda posso discernir de outros chamamentos, a sua sonoridade, seu riso doce de mãe protetora, de mulher que gosta do filho, de amizade que nunca o tempo poderá apagar da minha mente cada momento com ela vivido.

Meus amigos...

Onde estão meus amigos? Como eu, também cresceram e conheceram outros rumos. Alguns destes, eu não os vejo a mais de 40 ou 45 anos, outros, fiquei sabendo que já não habitam nesse plano terrestre. Mas as amizades, as amizades daqueles com quem me encontro hoje, já não tem o mesmo sabor, a mesma confiança, a mesma alegria, o mesmo riso, o mesmo companheirismo.

Muitos se tornaram fechados como se tivessem colocado cadeados nas nossas fases vividas. Outros viraram comerciantes e agem como se tudo fosse uma questão de cifras e de valores financeiros e me cobram porque não sou um HOMEM ESTABELECIDO.

Poucos destes, que comigo andavam, brincavam e dividiam sua meninice, nem me convidam para ir às suas casas tomar um café, ver uma foto antiga, sentar com seus filhos para fazer uma resenha desse nosso passado que em mim está tão presente.

Daqueles amigos, restaram poucos, pois suas mãos se distanciaram tanto, que as nossas não se tocam mais,

Por vezes insisto em voltar a vê-los, mas não há uma reciprocidade, um carinho, uma preocupação e isso vão inevitavelmente, nos afastando e eu sentindo esse afastamento como rejeição. E, se eu ainda insisto, é porque de fato eu queria ter de volta aquele amigo que AS COISAS DO TEMPO, o levaram para longe de nós. Os valores gritaram mais alto que os sorrisos e as conversas hoje, são apenas por obrigação de cumprimentos formais sem ter ao certo o que dizer tal abrupto e inaceitável afastamento que hoje nos separa feitos muros de nossa própria (e plantada por nos mesmos) ignorância.

Prefiro tê-los guardados na minha imaginação, onde podíamos sorrir e brincar achando que a vida jamais acabaria. Ela não acaba quando morrermos, mas sim quando não nos permitimos mais sermos os amigos que um dia fomos.

Subitamente a rede parou, ouço alguns passarinhos orquestrando em silvos breves o cântico do entardecer, e isso me faz despertar dessa viagem de sonhos acordado, onde posso até ver que as imagens vão sumindo e a realidade da tarde triste vem ao meu encontro. Mas, na insistência de guardar tanta lembrança com um sorriso largo, ainda trago esses mesmos sorrisos dos meus amigos, as cores da minha infância, o cheiro de pão no forno a lenha, e as mais belas formas tristes de sentir saudades de um tempo que jamais tornarei viver. Se eu morresse agora, muito triste eu morreria,





F I M










LEVITANDO JUNTO AO MAR

LEVITANDO JUNTO AO MAR

Feito sopro raivoso de vento no mar, cá estou eu revolto em meus pensamentos, como se a brisa densa da primavera tangesse meus sonhos e deixassem que meus pés toquem e sintam a sensibilidade dos meus passos, próximo a beira da praia.
O vento insiste em brincar comigo, e sopra mais forte, as ondas estalam por sobre a areia em busca dos meus pés.
E ao encontra-los, beija com espumas a planta desses pés carregados de estradas sopradas por tantos ventos.
Ouvir o vento, sentir a areia, deixar o mar vir ao encontro dos meus pés, é tudo cronometrado por uma orquestra invisível, mas que trás a sonoridade desse sopro tão forte.
Meus ouvidos captam esse som e eu me divirto de olhos fechados, mas de mente, ouvido, coração e braços abertos para receber esses carinhos.
Agora, sinto a calmaria, e o furor do vento, tornou-se brisa suave, harmoniosa e leve.
As ondas, cumprindo o seu trajeto no seu vai e vem, ainda brincam com os meus pés, que não fazem a menor questão de afastar-se dali.
É uma recompensa relaxante dada pela natureza. Olho pro céu, estendo um sorriso pro alto, agradecendo por estar ali sendo agraciado por aquele instante e sinto que o vento atende essa minha gratidão, pois de leve, sopra-me o rosto e eu ainda com os olhos fechados, imaginando como se (tal qual o vento) também pudesse flutuar na maciez de tão bela leveza rumo ao infinito de paz .
Vejo o horizonte e sei que não é o fim do mar, pois além desse horizonte, outros tantos horizontes existem para proteger os oceanos que nos fazem viajar em sonhos náuticos, juntando pedaços de imaginação como se fosse uma colcha de retalhos de sonhos e desejos.
A mente humana vaga, voa leve sem precisar distanciar o corpo, daquele mesmo lugar onde agora estou.
Dou asas ao meu imaginar, e por elas sou conduzido a flutuar tendo um fundo um som de piano, em notas tão doces, que fazem-me ouvir as gaivotas entoar o seu canto a plainar por sobre a beleza infinita daquele mar que agora me serve de inspiração.
Vida, vida que banha, que sopra,que trás canções imaginárias, faz-me em ti também flutuar ao som das gaivotas, do piano, de ventos, das ondas desse maravilhoso e tão sagrado mar de sonhos tantos.
Paz para o meu espirito levitando sobre o mar.

Carlos Silva.
30 de Outubro de 2020.
O Músico, poeta cantor e compositor CARLOS SILVA, segue a trajetória de cantadores utilizando o canto falado em seus shows, palestras e apresentações em unidades de ensino fundamental e superior. Criado entre as cidades de Nova Soure, e posteriormente em Itamira município de Aporá, a 180 Kms de Salvador, o musico carrega em sua bagagem o aprendizado colhido no meio de feira do interior baiano. Casado com Sandra Regina, tem 05 filhos e está aguardando o primeiro neto.Em 1981, participa de uma banda musical em Itamira(Ba) TRANZA A QUATRO, numa mescla de repertorio que variava de Beatles a Luiz Gonzaga, onde dá os seus primeiros passos como instrumentista (baterista da banda) ao lado de Hélio Dantas, Zé Milton E Carlinhos. Retorna a São Paulo, em 1982 e começa trabalhar em siderúrgica e deixa um pouco a carreira de lado. Em 1997, Conhece o Maestro Vidal França e produz o primeiro demo um ano depois: O CANTO DO MEU CANTO, que conta com a participação da cantora e compositora Mazé e de Zé de Riba. Tocam na noite paulistana na região do bixiga, onde Carlos Silva, inserido no mundo artístico por Vidal França trava conhecimento com boêmios onde forma mais tarde muitas parcerias musicais. A musica de trabalho do cd era LEMBRANÇAS DE MATO GROSSO DO SUL. Um passeio cultural pelas cidades do Ms, enaltecendo a riqueza pantaneira daquele estado. Em 2000 lança um outro single: NASCEU NA BAHIA O BRASIL, por ocasião dos 500 anos do Brasil. Em 2001, produz um cd experimental regravando essas obras já lançadas, com o titulo: ABRA OS OLHOS. Em 2003 sob a produção de Ney Barbosa compositor da Chapada diamantina da cidade Rui Barbosa na Bahia, entra em studio e com o selo da JBS grava o cd: RETRATANDO. Participa de vários programas de rádio na capital Paulista, São Paulo Capital Nordeste com o pesquisador paraibano Assis Angelo e na Radio Atual com Malu Scruz. Varias Rádios comunitárias e Tvs, recebiam a arte cantada de Carlos Silva, que de mochila recheada de Cds, percorria o Brasil divulgando a sua arte de cantar e agora atribuía á sua carreira, poesias em forma de literatura de cordéis. 2003, foi o ano que conheceu a coperifa e o poeta Sergio Vaz que o convidara a participar do projeto na Zona Sul de São Paulo. Fez programas de televisão como Tv Cultura, Rede Record e rede globo, Tv Alterosa em Minas Gerais. Carlos Silva dedicando-se á literatura, é convidado a participar da antologia poética O RASTILHO DA POLVORA e de um cd de poesias da coperifa, produzidos pelo Itau cultural em São Paulo. Viaja pelo Brasil pelos Estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, segue pelo Nordeste, Bahia, Pernambuco e Paraíba, agora amparado pelos cds e cordéis produzidos sempre de forma independente. 2008 Lança o mais recente trabalho fonográfico: O BRASIL EM VERSOS CANTADOS, que traz algumas parcerias com os seguintes colegas: Moreira de Acopiara, Chico Galvão, Joilson Kariri e Nato Barbosa.Morou por quase dois anos na cidade de Ilheus onde aproveitou bem essa passagem pelo sul da bahia e divulgou em Itabuna, Vitoria da Conquista a sua modalidade do canto falado. Seus principais parceiros musicais: Sandra Regina, Vidal França, Zé de Riba, Mazé Pinheiro, Lupe Albano, Karina França, Rhayfer (Raimundo Ferreira) Batista Santos, Ney Barbosa, Edinho Oliveira, Cida Lobo, Edmilson Costa, Paulo de Tarso Marcos Tchitcho e Nininho de Uauá.Forrozeando, o artista percorre a região nordeste, apresentando o seu trabalho em feiras culturais, dividindo os palcos da vida com artistas como: Azulão baiano, Zé Araujo, Cecé, Asa Filho, Antonio Barreto, Franklim Maxado, Kitute de Licinho e um punhado de gente bôa. As musicas são um filme para se ouvir, e cada frase, é um pedaço de poesia rebuscada na cultura popular e no solo sertânico chamado Brasil. Seus projetos futuros: Um novo cd, misturando versos e cantigas, o livro Poemas Versos e Canções, e muitos livretos de cordéis que pretende lançar a cada mês, para apresentação nas feiras culturais e colégios, bibliotecas e outros espaços culturais. CORDÉIS
Carlos Silva
Gostaria de poder acrescentar mais poesias, mas perdi senha e não sei mais como entrar.
16/março/2023

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