Carlos Silva
O Músico, poeta cantor e compositor CARLOS SILVA, segue a trajetória de cantadores utilizando o canto falado em seus shows, palestras e apresentações em unidades de ensino fundamental e superior.
1963-04-14 São Paulo
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VAGO, VOGO E VOU.
Pois é Vago, vogo e vou
Pois é, vago, vogo e vou.
Por passagens estreitas mal iluminadas cá com meus botões
Nem no sertão, em noite de breu, é escuro assim.
Pois é vago vogo e vou
Pois é, vago, vogo e vou.
Depois de cada passo Trago no peito as marcas dos nós das cordas
que seguravam o navio, que partiu de mar afora, bem no mei da noite
Olho as tiras de carnes dos corações penduradas,
em árvores calcinadas ( e o navi de mar afora)
Mais um trago e sigo o rumo, pois é, vago vogo e vou
É madrugada, hora incerta, mas é madrugada
Inda vou morar sozinho onde as crianças brincam e colhem, flores de aboninas.
Paro aprumo o passo e vou com medo de ser tingido de incarnado pelas costas.
Por entre uns que gritam mãos ao alto: COM VOZES FARDADAS.
Sigo entre carcaças de canhões e cheiro o acridoce dos corpos queimados,
como se fosse borrachas retorcidas.
Fica abaixo das linha dos olhos um pirão de cinzas poeira pólvora e lágrimas duras
Tamarina morena gostosa vou com as marcas dos nós das cordas no peito
Aperto o passo e sigo pois É: Vago vogo e vou
Letra: Chico Canindé,
Musica: Carlos Silva
Pois é, vago, vogo e vou.
Por passagens estreitas mal iluminadas cá com meus botões
Nem no sertão, em noite de breu, é escuro assim.
Pois é vago vogo e vou
Pois é, vago, vogo e vou.
Depois de cada passo Trago no peito as marcas dos nós das cordas
que seguravam o navio, que partiu de mar afora, bem no mei da noite
Olho as tiras de carnes dos corações penduradas,
em árvores calcinadas ( e o navi de mar afora)
Mais um trago e sigo o rumo, pois é, vago vogo e vou
É madrugada, hora incerta, mas é madrugada
Inda vou morar sozinho onde as crianças brincam e colhem, flores de aboninas.
Paro aprumo o passo e vou com medo de ser tingido de incarnado pelas costas.
Por entre uns que gritam mãos ao alto: COM VOZES FARDADAS.
Sigo entre carcaças de canhões e cheiro o acridoce dos corpos queimados,
como se fosse borrachas retorcidas.
Fica abaixo das linha dos olhos um pirão de cinzas poeira pólvora e lágrimas duras
Tamarina morena gostosa vou com as marcas dos nós das cordas no peito
Aperto o passo e sigo pois É: Vago vogo e vou
Letra: Chico Canindé,
Musica: Carlos Silva
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