Onde a felicidade, onde o futuro
Que prometeste a mim? Tu não cumpriste!
Em que nau embarcaste, em que mar triste?
Pr’ onde fostes? Eu inda te procuro!
Fostes embora, o céu se fez escuro
Porém um lume trêmulo persiste
Qual círio aceso – um sírio subsiste:
Minha esperança! Ao tredo mar murmuro
Pedindo, pois, que tragam-te de volta
As aleivosas vagas e as correntes
Que a tua nau norteiam. Tudo em volta
E interiormente é túrgido martírio...
Traga-a de volta – eu disse ao mar- ou trague
A mim quando apagar-se este meu sírio!
Fernando Caetano da Costa