Moacir Luís Araldi

Moacir Luís Araldi

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1963-09-18 Carazinho RS
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Prémios e Movimentos

Nobel 1976

Alguns Poemas

Colorau

Ito andava muito impressionado com os peitões apetitosos da Fer.

Basta ela chegar perto que ele fica desconsertado, sem jeito e atéconstrangido.

Tentava ser discreto para evitar que outras pessoas notassem, masno pensamento viajava e sonhava até em se casar com ela, “ter dois filhos e umcachorro”, (eca)....

Havia decidido cantá-la na primeira oportunidade que surgisse.Queria sair daquela situação meio platônica e, como ele mesmo pensava partirpra cima dela.

Aproveitando a festa ele a fitava direto, discreto, mas atento.

Precisava esperar um momento em que ela se afastasse do grupo paraagir.

- De hoje não passa, chega a falar pra si mesmo.

O dia ia passando e nada. Conferia o relógio e constatava que jápassava do meio da tarde e se bobeasse não cumpriria o pretendido.

Pensava até em tomar “umas” pra facilitar.

A tarde tinha música de bandinha, pessoas dançando e as mulheres viúvasde maridos bêbados dançando entre si. As mais desacostumadas ficavam de pésdescalços já que estavam inchados de ficar de sapato. Ito até observa oambiente embora bem desconcentrado.

Decidiu sair do salão paroquial e entrar na igreja que ficava bemao lado. Ficou com ar de professor Girafales ao avistar Fer próxima ao altar.

Aproximou-se, tentou conversar meio monossilábico. Fer boa deconversa (e muitos outros atributos) puxava assuntos e mais assuntos, falavacom facilidade e tornava as coisas mais fáceis.

Ito nunca saberá ao certo o que falou neste tempo em que sóconversavam.

Lembra perfeitamente do beijo e de ter feito uma única pergunta arespeitos dos seios dela:

- Silicone?

- Imagina, toca pra você ver.

Tonto com o convite ele tocou levemente com o dedo indicador.

Destemida Fer pegou a mão dele e colocou embaixo do próprio seio

– assim ô.

Com o rosto parecendo um pacote de colorou sentiu como seestivesse com um pudim de leite condensado na mão e sem coragem para degustá-lo.Era como se tivesse buscado o troféu e agora não sabia o que fazer com ele.

Totalmente sem jeito pediu um tempinho.

Em passos largos deixou a igreja, a porta fez aquele tradicionalrangido enquanto o vento a empurrava forte de volta.

Se afastando ouviu a pancada e sentiu covardia e alívio.

Talvez não nesta ordem. Que caminho tomou ninguém sabe.

O que é público, sabido e notório é que os peitos de Fer continuamlindos... Muito lindos.

Moacir Luís Araldi é gaúcho, residente em Passo Fundo- RS. Tem participações em várias antologias poéticas nacionais.
Autor do livro Cabernet - 2013, Interlúdios - 2014, Horizontes -2019 e Charnecas floridas - 2021. Premiado no concurso Literário Cidade de Passo Fundo em 2017 e 2019 na categoria poesia. Publica em vários sites literários nacionais.
Membro correspondente da ACL- Academia Carazinhense de Letras.
Membro fundador da Academia de literatura música e artes (ALMA)

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