palavras d'água...
os meus olhos embriagam-se de poesia
e florescem neles as mimoseiras
os pensamentos se dispersam
e logo as saudades são as primeiras
a afagar-me o coração,
a levar-me ao passado, às manhãs solarengas
às papoilas cor de carmim
que ainda chamam por mim,
e nos meus sonhos canta ainda o rouxinol
e só de o ver naquele ramo
fico de sorriso inteiro, criança à solta
neste dia de sol que não volta
e que é tudo o que mais amo.
vou ao mais fundo de mim
acordar as lembranças
e nos meus sentidos, floresce o jardim
da mãe, é primavera, e eu fico ali
sentada à espera...
vou ficar, há coisas que me fazem chorar
vou ao rio escrever palavras d' água
ouvir o zumbido do zangão, esquecer a mágoa
e na saudade seguir serenando meu coração
hoje o azul do céu está mais intenso
esvoaçam as andorinhas
meu passo é agora mais lento
mas eu invento, que corro carreiro acima,
com um ramo de flores na mão,
assim sou feliz, criança a sorrir, leve
como a aragem do vento, e
como dizia a mãe, sempre cheia de razão.
natália nuno
e florescem neles as mimoseiras
os pensamentos se dispersam
e logo as saudades são as primeiras
a afagar-me o coração,
a levar-me ao passado, às manhãs solarengas
às papoilas cor de carmim
que ainda chamam por mim,
e nos meus sonhos canta ainda o rouxinol
e só de o ver naquele ramo
fico de sorriso inteiro, criança à solta
neste dia de sol que não volta
e que é tudo o que mais amo.
vou ao mais fundo de mim
acordar as lembranças
e nos meus sentidos, floresce o jardim
da mãe, é primavera, e eu fico ali
sentada à espera...
vou ficar, há coisas que me fazem chorar
vou ao rio escrever palavras d' água
ouvir o zumbido do zangão, esquecer a mágoa
e na saudade seguir serenando meu coração
hoje o azul do céu está mais intenso
esvoaçam as andorinhas
meu passo é agora mais lento
mas eu invento, que corro carreiro acima,
com um ramo de flores na mão,
assim sou feliz, criança a sorrir, leve
como a aragem do vento, e
como dizia a mãe, sempre cheia de razão.
natália nuno
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