Funeral ao contrário
Abri um portão para o inferno em meu antebraço,
esborrou da artéria a vida, florescendo a flora morta da flor de lis,
velório mais perfumado que já vivi.
Quem viu não entendeu, quem entendeu sorriu para a candura,
aquela que deu asa para a força que tanto rezou a alquimia.
Foi na roda da mesma ladainha do enterro, que me exumaram,
intacto como um filho parido da Terra.
Tribal, cigana, nativa americana, aceito às cegas as vidas passadas,
em nome do amor que não deixou o corpo fenecer,
da lembrança que o desamor me fez fazer, nunca mais me enterrarão.
esborrou da artéria a vida, florescendo a flora morta da flor de lis,
velório mais perfumado que já vivi.
Quem viu não entendeu, quem entendeu sorriu para a candura,
aquela que deu asa para a força que tanto rezou a alquimia.
Foi na roda da mesma ladainha do enterro, que me exumaram,
intacto como um filho parido da Terra.
Tribal, cigana, nativa americana, aceito às cegas as vidas passadas,
em nome do amor que não deixou o corpo fenecer,
da lembrança que o desamor me fez fazer, nunca mais me enterrarão.
417
0
Mais como isto
Ver também
Escritas.org
