Desalento

E na melancolia da dor, se estagna a saudade, não do que se foi, mas do que se eternizou no peito.

As lembranças não se apagam, mas se confundem numa fúnebre procissão dentro da memória. No incabível. Na solidão perene. Na insensatez do pranto. No arquejar sôfrego.

A lágrima que reaviva os sentidos, o pulsar que instiga o coração cansado. E o nada que perpetua e preenche indecente o amargor da inexistência.

E na ausência do beijo, na amnésia das palavras, no carinho contido, morre a sanidade.

Invenção que atordoa, demência dos devaneios perdidos.

No ímpeto da clemência, a angústia roga uma prece. Que de olhos marejados, se junte os pedaços, cansados de andar descalço.
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