Wildiley Barroca

Wildiley Barroca

Poeta, Jurista e observador do quotidiano, vem colaborando regularmente em revistas e jornais nacionais e estrangeiros, com trabalhos na Revista Batê Mon e nos jornais digitais do país e do estrangeiro.

1991-03-20 São Tomé e Príncipe
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Coruja!

Coruja benigna ou maldita,
Quem tu és? 
Pela noite dentro, quotidianamente
Recebemos com gracejo e um certo temor
A tua visita em dias de tornado.

Oh coruja!
Que procuras no alento das nossas vidas?
Que espias pelos cantos amargos da terra
Nas noitadas vivas e mornas de segunda-feira?
Que espias, na travessia do tempo,
Os nossos sentimentos amargos, de tempo em tempo?

 
Oh coruja!
Quem tu és?
Inimigo amaldiçoado da sorte,
Aquele que expurga nossas almas e conduz à morte,
Mas que em dias de sorte, vem tão forte
Para fazer-nos apenas uma visita sem norte.

Mas…. Oh coruja!
Benigna ou maldita…
Quem tu és?
Que fazes na calada da noite?
Passeios vacilantes trazendo maldições à meia-noite,
Tetos rasgados de uma sensação de abiscoite
Que me renega ao menos boa noite…
 
Que fazes tu?
Afinal quem tu és?
Oh coruja!
Benigna ou maldita
Havemos de descobrir
No silêncio dos tempos e de todos os tempos
O porquê desta sina em pouco tempo.
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