CARDO DE MIM

Na minha morte talvez seja
Uma flor, uma lágrima, um sorriso, uma raiz
Nas tardes outonais por todas as palavras
Que nunca escrevi ou ouvi
Entre as suas paisagens em poesia
E quando a noite vem
As andorinhas palram em segredo
Na minha janela com as silabas em silêncio
Já os melros são a foice dos meus poemas
Pássaros alinhados das minhas penas
Nos sonos longos de inverno
Em que tu anoiteces ao meu lado
Onde teço o teu nome no que tropeço
Cardo que me abraça no meu próprio grito
Pois quando a noite vem peço a Deus
Que me acolha enquanto bordas o meu coração
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