Espelho d'água
No renitente assobio da coruja,
a madrugada declina
impassível
à minha dor...
o céu
é um vasto rio negro
de densidade fina
e de profundas ilusões
onde dispõem-se
estrelas,
planetas,
satélites,
distâncias infindas,
além de vazios incontornáveis...
o céu é então
espelho dos teus olhos de cigana,
olhos
de anseios repentinos,
olhos
de mistérios insondáveis,
olhos donde emergem
confissões impossíveis,
além de poemas indecifráveis...
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