MEDO DE AMAR


As nossas presenças se cruzam
Nos labirintos que acolhemos
Nas fugas que existem em nós

De nós mesmo escapamos
Nesses labirintos eternos da vida
Onde iremos até nos perder de novo

O sonho desperta essa espera
Que recua esse coração
Que não abre a porta e amor acorrenta

Me volto de novo para fora
E escrevo
Nesta varanda olhando a lua

Ao longe, brilhante
Cercada de nuvens cinzentas
Nesta noite negra

E revejo-me nesses olhos de lua
Que sempre procuro
Quando estou só

E nesse meu caminhar
Até seu colo
Não te encontro

Espero
Lágrimas de chuva
Que não caiem

Para inundar meu corpo
Recordando o teu
E cumprir seu destino

Me manchando de teus poemas
Em rota de lua cheia
Colidindo com o medo de amar
Que sempre nos acompanha
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