Soneto de um quase ateu
Imbuído nas águas profundas e dubiosas da clareza,
Com os cardimiócitos fadigados pela inconstância da existência,
Minha fidúcia pela crédula transcendência
Se esvaiu diante da realidade lancinante da natureza.
Natureza na qual tudo destrói e tudo cultiva,
Apresenta-se indiferente ate ao mais afável sujeito
Como admitir a onipresença de um ser benevolente e perfeito?
Se o infortúnio é a causa mais expressante de sua devolutiva?
A clemente carne nume, assim, mostra-se apenas na abastância,
E todos aqueles que creem ou não na divina pragnância,
Estarão submetidos aos absurdos dos acasos da vida.
Libertei-me, portanto, da mendacidade religiosa,
Que, desde os primórdios, esfola
Os espíritos livres desta terra faminta.
Com os cardimiócitos fadigados pela inconstância da existência,
Minha fidúcia pela crédula transcendência
Se esvaiu diante da realidade lancinante da natureza.
Natureza na qual tudo destrói e tudo cultiva,
Apresenta-se indiferente ate ao mais afável sujeito
Como admitir a onipresença de um ser benevolente e perfeito?
Se o infortúnio é a causa mais expressante de sua devolutiva?
A clemente carne nume, assim, mostra-se apenas na abastância,
E todos aqueles que creem ou não na divina pragnância,
Estarão submetidos aos absurdos dos acasos da vida.
Libertei-me, portanto, da mendacidade religiosa,
Que, desde os primórdios, esfola
Os espíritos livres desta terra faminta.
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