

AurelioAquino
Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.
1952-01-29 Parahyba
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Da democracia e dos enredos
a cada cidadão
dê-se a condição
de parecer-se fato
da razão
e que semeie olhos
pelas paisagens
na exata proporção
de quem se cabe
a cada cidadão
dê-se a contradição
de inventar-se imberbe
mesmo não
e que avance na cidade
à contraluz
nos bailarinos passos
que conduz
a cada cidadão
dê-se a parcimônia
de consumir os futuros
em que sonha
e que não teça seus medos
tão frequentemente
como quem contradiz
o jeito de ser gente
a cada cidadão
dê-se a similitude
de um mar ilimitado
mesmo açude
e que então se mobilize
quando assim tão coletivo
deixar de ser um único
apesar dos seus indícios
a cada cidadão
dê-se a complacência
de padecer tenazmente
de consciência
e que debulhe a vida
em cambulhadas
remidos todos os passos
que invente nessa estrada
a cada cidadão
dê-se a certidão
de que tramita na vida
tão frequentemente
como a certeza intacta
de quem se permite
a condição de gente.
dê-se a condição
de parecer-se fato
da razão
e que semeie olhos
pelas paisagens
na exata proporção
de quem se cabe
a cada cidadão
dê-se a contradição
de inventar-se imberbe
mesmo não
e que avance na cidade
à contraluz
nos bailarinos passos
que conduz
a cada cidadão
dê-se a parcimônia
de consumir os futuros
em que sonha
e que não teça seus medos
tão frequentemente
como quem contradiz
o jeito de ser gente
a cada cidadão
dê-se a similitude
de um mar ilimitado
mesmo açude
e que então se mobilize
quando assim tão coletivo
deixar de ser um único
apesar dos seus indícios
a cada cidadão
dê-se a complacência
de padecer tenazmente
de consciência
e que debulhe a vida
em cambulhadas
remidos todos os passos
que invente nessa estrada
a cada cidadão
dê-se a certidão
de que tramita na vida
tão frequentemente
como a certeza intacta
de quem se permite
a condição de gente.
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