MARIA DE FATIMA FERREIRA RODRIGUES
Sou um ser humano em constante construção. Me sinto parte da natureza e a ela vinculada no sentido material e imaterial. Gosto de lidar com as palavras construindo e desconstruindo castelos. Portanto, escrevo como um exercício de compreensão de mim e do mundo.
1957-12-21 Farias Brito - Ceará
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Soneto da saudade
Ao partistes habitou-me o vazio
Que persistiu por vias amorosas
Em despedida lágrimas rolaram
A escusar-se do intransigente arbítrio
Um sentir assim forte é guarida
União profunda a tecer sentidos
Ao assimilar o vazio do ente amado
Vislumbrou no ato os afetos vividos
Ao exprimir em lágrimas o pesar
E ao sentir a aflição da aguda falta
enlaçou a dor no âmago do aconchego
Ninguém silencia a saudade viva
Nem àquela obscurecida em vida
Pois ambas são no ser assimiláveis
Fátima Rodrigues, em 24 de setembro de 2020.
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