Mudo sentido e prosa

De razão bêbado e trôpego
recobro o juízo ao menos - minto
é a verdade o oposto de um domingo
onde alma se pinta de queda, ideais.

Ambíguo sol ilumina e cega
o abrigo, que de feras, toca
flauta música e hipnose
aquece e queima febre terçã.

Sempre amanhã em alma toda
cada segundo de passado surdo
que me escuta e sonha presente.

Parente, que de ancestral, é ponta
um iceberg de faz de conta
vara e cordão de irmão madrinha
véspera de Questão Coimbrã.

Põe-se mão à cabeça de telhado
e calha abaixo o suspiro terra freme,
zune chaminé diamante costume
e novo evoé o penar escreve.

Somos todos Salomé
quando alma alguma se atreve
questionar a Santa Sé.

Alma pois, almas, novas as mesmas
novenas se põe trabalhador
e pouco é dor que de si trata.

Barata a mão de obra
de autor fama conquista
será entanto nova a terra
que sambista sente e toca.

Eu hoje à luta vou
que muita roupa à linguagem se deu;
entanto a pena do corpo é morta
embora vivo o santo do ateu.

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